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ATUALIZADA - Israel condena soldado por matar agressor palestino ferido

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça militar de Israel condenou nesta quarta-feira (4) por assassinato um soldado que havia atirado em um agressor palestino ferido, em um processo que gerou divisões no país. Em março do ano passado, o sargento Elor Azar

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.01.2017, 16:44:59 Editado em 04.01.2017, 16:45:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça militar de Israel condenou nesta quarta-feira (4) por assassinato um soldado que havia atirado em um agressor palestino ferido, em um processo que gerou divisões no país.

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Em março do ano passado, o sargento Elor Azaria, 20, matou a tiros um palestino que estava ferido e desarmado e que, momentos antes, havia esfaqueado um outro soldado na cidade de Hebron, na Cisjordânia.

A ação de Azaria foi capturada em vídeo e gerou reações negativas por parte de comandantes das Forças Armadas.

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Integrantes do governo israelense e simpatizantes da direita nacionalistas, por sua vez, saíram em defesa do militar.

Nesta quarta-feira, dezenas de apoiadores de Azaria se reuniram do lado de fora do tribunal militar em Tel Aviv onde ocorreu o julgamento para pedir sua absolvição. Alguns manifestantes entraram em confronto com a polícia.

No julgamento, a Justiça militar considerou inválidos os argumentos dos advogados de Azaria, de que ele teria agido em legítima defesa.

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"O motivo dele para atirar foi que ele sentiu que o terrorista merecia morrer", disse a coronel Maya Heller, líder do painel de militares selecionado para julgar o caso. "Não se pode usar esse tipo de força, mesmo quando se trata da vida de um inimigo."

A condenação de Azaria é um caso raro em que a Justiça militar de Israel se opõe a um soldado por ações adotadas em combate.

As Forças Armadas têm grande prestígio na sociedade israelense e, apesar das denúncias por parte de organizações de direitos humanos, diversas ações promovidas por soldados contra os palestinos não resultam em indiciamento.

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Líderes da extrema direita pediram que o presidente de Israel, Reuven Rivlin, use suas atribuições constitucionais e perdoe Azaria.

A Defesa afirmou que recorrerá do veredicto. Sharon Gal, porta-voz da família Azaria, disse que "a corte parece ter ignorado o fato de que [o incidente] ocorreu em uma área de ataque".

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"Senti como se o tribunal tivesse pegado a faca do chão e esfaqueado todos os soldados pelas costas", afirmou.

Em Hebron, familiares do palestino alvejado por Azaria comemoraram a decisão da Justiça israelense.

"Me sinto bem. É justo. É uma conquista do tribunal ter condenado o soldado", disse Yousri al-Sharif, pai do agressor morto em março, após acompanhar o julgamento pela televisão. "Fiquei exausto e tenso. Fumei maços de cigarro enquanto assistia ao julgamento."

A decisão sobre a sentença de Azaria, que pode chegar a até 20 anos de prisão, está programada para sair em 15 de janeiro.

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