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Braço da OMS pede que velocidade de vias não seja aumentada e cita SP

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), braço da OMS (Organização Mundial de Saúde) nas Américas, divulgou uma nota nesta ontem em que pede que novos prefeitos brasileiros ou aqueles que foram reeleitos “não aumentem os li

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.12.2016, 09:59:37 Editado em 10.12.2016, 10:00:10
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), braço da OMS (Organização Mundial de Saúde) nas Américas, divulgou uma nota nesta ontem em que pede que novos prefeitos brasileiros ou aqueles que foram reeleitos “não aumentem os limites máximos de velocidade nas vias”.

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A recomendação ocorre em meio à polêmica em torno da proposta do prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), que prometeu na campanha aumentar a velocidade nas marginais Pinheiros e Tietê.

No comunicado, a organização lembra que o trânsito causa, em média, 40 mil mortes por ano no Brasil e pede que os prefeitos sigam os exemplos de cidades como Londres, Nova Iorque e São Paulo, “cidades que reduziram os limites de velocidade nos últimos anos e obtiveram bons resultados”.

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Em geral, a recomendação da Opas/OMS é que sejam mantidos os limites máximos de velocidade iguais ou menores que 50 km/h nas vias urbanas. “Mesmo pequenos aumentos na velocidade, pelos estudos que temos no mundo, têm uma repercussão muito grande. Um aumento de 5 km/h em uma média de 60 km/h nas vias urbanas, ou um aumento de 10km/h nas vias rurais, já são suficiente para dobrar o risco”, avalia o consultor de Segurança no Trânsito da Representação da Opas no Brasil, Victor Pavarino. “Entre os fatores de risco de mortalidade no trânsito, a velocidade é quase que tomada como o principal fator. Ela tem uma relação muito forte com todos os outros fatores, como uso de cinto de segurança, de capacete, os problemas de precariedade do sistema viário, que se agravam com a questão da velocidade”, completa.

O comunicado da Opas cita ainda dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que apontam redução, em São Paulo, de 32,8% no número de mortes nas rodovias marginais Tietê e Pinheiros em um ano ­de 73 mortes em 2014 para 49 em 2015. Para a entidade, o fator “determinante” para a queda foi a redução no limite de velocidade das vias. “Retroceder nesse avanço significa um retrocesso não apenas nos resultados estatísticos, mas no marco simbólico que representou a decisão em favor da vida, particularmente a dos mais vulneráveis”, diz Pavarino.

SÃO PAULO

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Pela proposta inicial do prefeito eleito de São Paulo, a velocidade na pista local passaria de 50 km/h para 60 km/h, enquanto na central passaria de 60 km/h para 70 km/h e, nas expressas, de 70 km/h para 90km/h.

Na última semana, no entanto, Doria informou ao Ministério Público de São Paulo que pretende manter, na pista local das marginais, o limite de velocidade de 50 km/h na faixa da direita, enquanto as demais passariam a 60 km/h. Na pista expressa, o limite de 70 km/h estabelecido pela gestão anterior seria elevado de novo para 90 km/h. Disse, no entanto, que poderá manter velocidades inferiores a 90 km/h em certos trechos onde a velocidade não for compatível com a segurança da via.

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