SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O impeachment da presidente sul-coreana, Park Geun-hye, aprovado nesta sexta-feira (9) pelo Parlamento do país, retira os poderes dela, mas não seus privilégios.
Embora o primeiro-ministro Hwang Kyo-ahn tenha assumido as responsabilidades dela, Park pode continuar vivendo na residência presidencial -a Casa Azul-, seguir usufruindo de segurança, carro e avião oficiais e recebendo seu salário de cerca de R$ 50 mil.
Além disso, ela mantém o título de "presidente".
Mas como Park não tem atribuições oficiais, não se sabe ao certo como ela ocupará seus dias até que a Suprema Corte do país decida se aceita ou não seu impeachment e a interrupção de seu mandato. Esse processo pode levar até seis meses.
Enquanto isso, Hwang despachará como presidente interino de seu gabinete em Seul. Ele será mantido no cargo até a Suprema Corte decidir o futuro de Park. Caso o tribunal aprove a deposição dela, novas eleições deverão ser convocadas em até 60 dias.
Em 2004, quando o então presidente Roh Moo-hyun foi afastado pelos parlamentares, ele passou o tempo na Casa Azul lendo livros e jornais, cercado de jornalistas, de acordo com a mídia sul-coreana.
Quando o Congresso brasileiro afastou Dilma Rousseff da Presidência, em maio, ela também seguiu morando no Palácio da Alvorada e recebendo metade de seu salário oficial, até sua deposição, em agosto.
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