SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um juiz federal norte-americano revogou nesta quarta (7) sua ordem exigindo que o Estado de Michigan realizasse uma recontagem de votos da eleição presidencial dos EUA. O magistrado vinculou sua decisão a uma determinação do tribunal estadual que considerou que a candidata do Partido Verde, Jill Stein, não tinha legitimidade para pedir uma nova análise das cédulas.
Na eleição de 8 de novembro, os 16 votos do Estado no Colégio Eleitoral foram para o republicano Donald Trump.
A decisão do juiz distrital Mark Goldsmith interrompe a recontagem em Michigan, iniciada na segunda, depois de decisões conflitantes um dia antes pelas cortes de apelações federais e estaduais.
O Tribunal de Apelações de Michigan ordenou na terça que a recontagem fosse interrompida, enquanto o Tribunal de Apelações do 6º Circuito dos EUA confirmou a decisão anterior de Goldsmith e disse que o processo deveria prosseguir.
Em sua decisão, Goldsmith disse que Stein não apresentou razões válidas para ele para anular a decisão do tribunal estadual. Segundo a corte, Stein, que terminou em quarto lugar em Michigan, não teria chance de ganhar mesmo depois de uma recontagem e, portanto, não é um candidato "ofendido".
"Numa enorme vitória para os contribuintes de Michigan e o Estado de Direito, a recontagem foi interrompida", disse o procurador-geral Bill Schuette, republicano que se opõe à recontagem, em comunicado.
Além de Michigan, Stein está tentando a recontagem na Pensilvânia e Wisconsin. Os três Estados foram a chave para a vitória de Trump. É extremamente improvável que as recontagens mudem o resultado da eleição. Mas Stein, que obteve apenas cerca de 1% dos votos, disse que são necessários para garantir a integridade dos sistemas de votação.
A campanha da candidata democrata Hillary Clinton disse que participará do processo de recontagem.
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