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Estados brasileiros têm diferença de aprendizado equivalente a dois anos

NATÁLIA CANCIAN E PAULO SALDAÑA BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os estudantes do Espírito Santo tiveram o maior destaque no Pisa, principal avaliação internacional de educação, ao se separar apenas os dados do Brasil. O Estado ficou com a mai

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.12.2016, 08:26:30 Editado em 06.12.2016, 08:30:05
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NATÁLIA CANCIAN E PAULO SALDAÑA

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BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os estudantes do Espírito Santo tiveram o maior destaque no Pisa, principal avaliação internacional de educação, ao se separar apenas os dados do Brasil. O Estado ficou com a maior média nas três áreas entre todas as unidades da federação.

São Paulo, o Estado mais rico do país, ficou em 5º em matemática e leitura. Em ciências, fica na 6º posição - ao desconsiderar os resultados do Paraná, que, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), não registrou amostra significativa.

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Se há um abismo entre o desempenho de estudantes brasileiros e o de países ricos em termos de aprendizado, não é diferente também dentro do país. As médias do Pisa 2015 por Estado mostram uma diferença de até 79 pontos entre a a melhor nota (Espírito Santo) e a mais baixa (Alagoas) em leitura, por exemplo.

Isso equivale a mais de dois anos de aprendizado, segundo a OCDE (entidade que reúne países desenvolvidos e que organiza a prova). Nas áreas de matemática e ciências a diferença entre os mesmo Estados é de 66 e 75, respectivamente -cerca de 30 pontos representa um ano letivo de aprendizado. Fazem o Pisa estudantes na faixa dos 15 anos.

Para ter uma ideia da diferença, o Brasil conseguiu avançar em matemática 57 pontos entre 2000 e 2012. Foi a evolução mais significativa do Pisa no período. Mesmo os Estados com nota acima da média do Brasil ficam ainda distantes do índice médio dos países da OCDE.

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Em matemática, por exemplo, o Ceará é o único Estado do Nordeste com nota acima da média nacional. "A desigualdade interna reflete a desigualdade que já existe no Brasil do ponto de vista social e econômico", disse a secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.

"Como educadora, é triste demais, porque além do Brasil estar perdendo o passo em relação a outros países da América Latina e em relação a países da Europa, essa desigualdade interna revela uma desigualdade grande do país", completa Castro.

Mesmo com a maior média em leitura no país, o Espírito Santo registra 37% dos alunos com desempenho abaixo do nível 2 da prova, em uma escala que vai até 6. A OCDE considera o nível 2 o mínimo adequado para exercer a cidadania. No outro extremo, Alagoas tem 71% dos estudantes nessas condições.

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O Estado de São Paulo, por sua vez, tem quase metade dos estudantes (47%) abaixo do nível 2 em leitura. Em matemática, são 67%. Nesse nível, os estudantes não teriam capacidade de lidar com porcentagens, frações e números decimais.

Brasil x mundo

Os dados dos Brasil agrupam redes pública e privada, mas 74% daqueles que fizeram a prova estão em escolas estaduais. A pasta da educação do governo de São Paulo colocou como meta, em 2011, chegar entre as mais avançadas do mundo até 2030 (na 25ª posição, se fosse um país).

Considerando a maior média de São Paulo na avaliação -417 em leitura- o Estado estaria em 59º entre os 70 países e territórios. Acima da média do Brasil como um todo, mas 76 pontos abaixo do índice dos países da OCDE.

A secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou em nota que o indicador oficial para avaliação das redes públicas é o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), do governo federal.

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