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Ministério da Educação estuda mudar o Enem a partir de 2017

LAÍS ALEGRETTI BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou neste domingo (4) que o governo fará uma consulta pública para aprimorar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2017 e disse que não há "um Enem perfeito". Ele

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.12.2016, 21:55:37 Editado em 04.12.2016, 22:00:04
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LAÍS ALEGRETTI

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou neste domingo (4) que o governo fará uma consulta pública para aprimorar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2017 e disse que não há "um Enem perfeito". Ele negou, no entanto, que a pasta esteja insatisfeita com o modelo atual da prova.

"Não há um Enem perfeito, ele comporta aprimoramentos", disse Mendonça Filho, durante coletiva de imprensa para comentar a aplicação da prova neste fim de semana.

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Apesar de afirmar que a edição do Enem de 2016 foi de "absoluto sucesso", Mendonça Filho disse que a consulta pública servirá "para que o Enem do ano que vem seja ainda melhor". Ele afirmou que ainda não está definido se o governo colocará uma proposta específica em consulta.

"Ainda vamos discutir isso e definir qual o caminho que vai nortear. Ainda não temos um quadro de perguntas que podem ser feitas e podem nortear o caminho da discussão. Queremos usar o mês de dezembro para elaborar termo de referência relativo a essa consulta pública e ao Enem como um todo", disse.

"O MEC está satisfeito. Conseguimos um bom desempenho, mas não existe modelo de algo que não mereça aprimoramento, evolução", afirmou o ministro.

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ABSTENÇÃO

O ministro demonstrou insatisfação com o tamanho da abstenção, que bateu recorde. "O governo investiu R$ 236 milhões de reais que não foi aproveitado", afirmou ele, em referência ao valor gasto com a aplicação de provas para inscritos que não apareceram para fazer o exame.

Considerando a primeira e a segunda aplicação do Enem de 2016, o exame teve uma abstenção de 30,4% neste ano. Dos 8,627 milhões de inscritos, apenas 6,005 milhões fizeram a prova. A abstenção é a maior desde 2009, quando a taxa ficou em 37,7%, segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação e pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).

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A ausência foi em proporção ainda maior neste fim de semana, quando ocorreu a aplicação de provas a alunos inscritos para fazer o exame em escolas que estavam ocupadas em novembro, na data original. Também foi aplicada a prova em locais que houve falta de energia na primeira aplicação ou outras ocorrências.

A abstenção foi de 39,7% no sábado e de 41,4% no domingo. As provas foram aplicadas em 116 municípios de 23 estados e no Distrito Federal.

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O gabarito da prova aplicada neste fim de semana será divulgado na quarta-feira (7).

Nos dias 13 e 14 de dezembro, haverá aplicação do Enem em unidades prisionais.

INVESTIGAÇÃO

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Mendonça Filho disse que não há indícios de que informações sobre a prova do Enem 2016 tenha saído do Inep e descartou o vazamento do gabarito oficial. "Não há nada a questionar com relação a lisura do Enem 2016", disse.

O ministro não negou, no entanto, que a prova tenha vazado. "Não posso antecipar investigação", afirmou.

Relatório da Polícia Federal entregue ao Ministério Público Federal concluiu que as provas do 1º e 2º dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), além do tema da redação, vazaram antes do início do exame a, pelo menos, dois candidatos. O relatório, segundo a Procuradoria, conclui que houve crime de estelionato qualificado. A informação foi divulgada na última quinta-feira (1º).

Neste domingo, o ministro voltou a dizer que um exame do tamanho do Enem "não é simples". "A criatividade daqueles que tentam fraudar é cada vez maior. A briga para combater esse delinquente e criminoso não é simples", disse.

O delegado da Polícia Federal Franco Perazzoni afirmou que não houve cumprimento de mandados na segunda aplicação do Enem 2016. "Isso não significa, entretanto, que a Polícia Federal não atuou. Ela continua atuando desde o dia do primeiro certame. Nós mantivemos efetivamente o mesmo conjunto de autoridades policiais", disse.

De acordo com o governo, não houve ocorrência na logística de aplicação e oito candidatos foram eliminados por descumprimento de regras gerais do edital.

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