SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Martin Shkreli, magnata da indústria farmacêutica que foi denunciado por ter aumentado o preço do Daraprim, um dos remédio mais usados por pacientes com Aids, de US$ 13,50 para US$ 750, está vazando músicas do álbum mais caro da história, "Once Upon a Time in Shaolin", do Wu-Tang Clan, por meio de vídeos precários para celebrar a eleição de Donald Trump.
Em 2014, o grupo de hip-hop norte-americano Wu-Tang Clan anunciou que faria apenas uma cópia do disco que contém 31 músicas inéditas, que seria vendido apenas para uma pessoa, e que todos os registros das gravações seriam destruídos. No ano passado, a casa de leilões Paddle8 anunciou que havia vendido o álbum por milhões, mas não revelou o nome do comprador.
Shkreli, que deixou o cargo de chefe-executivo da Turing Pharmaceuticals, que ele fundou, após ser preso sob acusações de fraude, e que já recebeu a alcunha de "o homem mais odiado da América", arrematou o disco por US$ 2 milhões (R$ 6,9 milhões) e escreveu em 27 de outubro em seu Twitter que, "se Trump ganhar, minha coleção inteira de músicas inéditas, incluindo Nirvana, Beatles e, é claro, Wu-Tang, vai ser liberada, de graça".
Com a vitória de Trump, o empresário cumpriu sua promessa. Contudo, Shkreli não colocou as músicas em uma plataforma digital, mas decidiu mostrar o conteúdo do álbum que o Wu-Tang Clan demorou seis anos para produzir a partir de vídeos de baixa qualidade em que ele aparece escutando e comentando as canções.
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