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Nick Murphy abandona alcunha de Chet Faker no Pitchfork Festival Paris

LÚCIO RIBEIRO PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) - O Pitchfork Festival Paris abriu sua edição 2016 convidando ao escuro. Realizado num enorme galpão de vidro e metal que já foi matadouro, hoje um "armazém cultural", o evento teve como principal nesta quinta-feir

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.10.2016, 17:16:31 Editado em 28.10.2016, 17:20:10
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LÚCIO RIBEIRO

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PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) - O Pitchfork Festival Paris abriu sua edição 2016 convidando ao escuro. Realizado num enorme galpão de vidro e metal que já foi matadouro, hoje um "armazém cultural", o evento teve como principal nesta quinta-feira (27) um Nick Murphy que já foi Chet Faker. Mas vamos por partes.

O lindo Grande Halle de la Villette, parte de um complexo de centro cultural, casa de show e museu no parque de la Villette, em Paris, foi na maior parte do dia, na área que compreende seus dois palcos e o grande salão que os separa, apenas iluminado por feixes azul e rosa. O clima de um festival que prima pela atmosfera começava aí.

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Nick Murphy, o maior nome do primeiro dia dos três do Pitchfork Paris, até pouco tempo atrás conseguiu prestígio na música mundial ao sair da Austrália e se mostrar nos principais festivais europeus e americanos e inclusive no Brasil como Chet Faker, o ruivo barbudo hipster com voz de soulman aplicada à mais fina música eletrônica.

O nome artístico caiu e o batismo real tomou conta dessa nova sonoridade, ou novo caminho, como Murphy anunciou, mês passado, como uma "evolução que nasce agora", o próximo passo, como ele justificou a morte de seu apelido famoso.

Mas o velho Chet Faker esteve presente em música na noite do primeiro show a valer como Nick Murphy, assim como suas canções "evolutivas", a começar por "Fear Less", apresentada no anúncio de mudança de nome, cujo direcionamento à nova fase o leva próximo às esquisitices experimentais do Radiohead, para citar um exemplo.

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Murphy, como bom headliner, quebrou o protocolo visual do Pitchfork Festival, ao iluminar por vezes seu palco com um amarelo vivo. O galpão ficou diferente. Nick Murphy parece que chegou para ficar. Pelo menos por alguns anos.

O primeiro dia do Pitchfork Festival Paris começou cedo, a destacar o grupo americano Parquet Courts e o canadense Suuns, cada qual com seu culto indie particular, ambos botando guitarras estridentes para bagunçar de punk arte o festival que prima por seu lado eletrônico.

Tudo calmo, chegou então o lado eletrônico. O músico e neurocientista inglês Sam Shepherd comandou uma viagem de sound & vision com a faceta ao vivo, de seu projeto de sons programados Floating Points. Figuras geométricas iluminadas por néon serviam de fundo atrás da banda formada por Shepherd, que orquestrava sons etéreos que descambavam numa desordem auditiva e acabava.

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Na sequência, do outro lado do Grande Halle, o famoso DJ e produtor californiano Joshua Davis, conhecido desde os anos 90 como DJ Shadow, que segue com seu belo trabalho de aproximação da eletrônica com o hip hop. E mais ainda, agora, com o dubstep. Se a palavra de ordem do Pitchfork Festival francês é "viajar", Shadow proporcionou com um telão enorme e três painéis menores atrás deles, um deslocamento sensitivo ora ao calmo espaço sideral, ora à inquietude urbana de luzes de uma grande cidade à noite. Dá para imaginar qual hora o novo dubstep toca conta de seu som, não?

Talvez a melhor apresentação do dia, o duo inglês Mount Kimbie, encorpado com uma garota no sintetizador e um baterista. Foi tudo certo aqui. Melhor transposição de um som computadorizado para um ao vivo mais "orgânico". Mescla de estilos, do indie ao experimental eletrônico, sem perder o clima e a unidade como banda. Uso mais sóbrio e eficaz de luz. A hora passou rápida quando o Mount Kimbie tocou.

O jornalista Lúcio Ribeiro viaja pela Europa à convite da Air France.

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