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Dib Lutfi deixou marcas mitológicas no cinema nacional

SÓ PODE SER PUBLICADO NA ÍNTEGRA E COM ASSINATURA INÁCIO ARAUJO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Se a câmera na mão foi o recurso por excelência do cinema novo na busca de inovação estética e econômica, não é difícil entender a importância de Dib Lutfi, morto

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.10.2016, 14:34:16 Editado em 27.10.2016, 22:53:41
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INÁCIO ARAUJO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Se a câmera na mão foi o recurso por excelência do cinema novo na busca de inovação estética e econômica, não é difícil entender a importância de Dib Lutfi, morto aos 80 na tarde desta quarta (26), no Rio de Janeiro.

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Ele, que deixa um filho, Antonio, estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca (região oeste) desde sábado (22) e não resistiu a uma complicação pulmonar.

Apesar de premiado diretor de fotografia, foi como operador de câmera que deixou suas marcas mais profundas.

Marcas, talvez, mitológicas, já que pessoas que testemunharam seu trabalho chegam a dizer que sua segurança com a câmera na mão era tamanha que parecia estar deslizando num carrinho, mesmo quando em terreno adverso.

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Pode haver exagero nesse tipo de observação? No seu primeiro trabalho, em "Menino da Calça Branca" (1962), consta que Dib acompanhou a cambalhota do ator mirim do curta de Sérgio Ricardo.

Sérgio Ricardo, mais conhecido como compositor, era o irmão mais velho de Dib, sobre quem exerceu grande influência, de acordo com "Os Iluminados", publicação da Academia Brasileira de Cinema dedicada aos diretores de fotografia.

Dib trabalhou constantemente nos filmes de Sérgio e, nos mais conhecidos deles, "Juliana do Amor Perdido" (1970) e "A Noite do Espantalho" (1974), o trabalho de câmera foi o que mais chamou a atenção no resultado final.

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Em outras ocasiões, Dib serviu exclusivamente como operador de câmera, como no "Terra em Transe" (1967), de Glauber Rocha. A importância de sua filmografia, no entanto, não se limita a isso.

Como diretor de fotografia trabalhou com Ruy Guerra, Walter Lima Jr. e Arnaldo Jabor, entre os anos 1960 e 1970, seu período mais fértil.

Num momento em que certa entronização da "boa técnica" parece ter relegado a câmera na mão a um papel secundário, a obra de Dib Lutfi é um documento importante sobre o único momento em que o cinema brasileiro destacou-se internacionalmente. Por suas ideias (na cabeça), é certo, mas que seriam irrealizáveis sem uma boa câmera na mão.

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