SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu na noite desta quarta-feira (26) o diretor de fotografia e cinegrafista Dib Lutfi, conhecido por sua atuação em filmes do Cinema Novo, aos 80 anos.
A informação foi divulgada por seu irmão, o músico Sérgio Ricardo, em uma publicação no Facebook. A causa da morte não foi revelada.
"Comunico com muito pesar o falecimento de meu irmão Dib Lutfi, considerado o grande poeta das imagens do Cinema Novo", escreveu Ricardo na rede social.
Nascido em Marília, interior de São Paulo, em 1936, Lutfi mudou-se para o Rio de Janeiro no fim da adolescência.
O início de sua carreira se deu em filmes de seu irmão, como em "Menino da Calça Branca", de 1961, no qual chamou a atenção ao acompanhar com a câmera a cambalhota de um ator-mirim, e em "Esse Mundo é Meu", de 1963.
Atuando ora como diretor de fotografia, ora como operador de câmera, tornou-se figura importante do Cinema Novo e ficou conhecido por sua habilidade no uso da câmera de mão.
Trabalhou com Glauber Rocha, em "Terra em Transe" (1967), e Nelson Pereira dos Santos, em "Fome de Amor" (1968) e "Azyllo Muito Louco" (1969), pelos quais venceu o prêmio Candango de melhor fotografia no Festival de Brasília.
Ao longo de sua carreira, somou mais de 50 créditos como cinegrafista em curtas e longas-metragens, além de documentários. Seu último trabalho foi no filme "Profana", de 2011, dirigido por João Rocha.
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