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Desmatamento faz Brasil caminhar na direção contrária de Paris

MARCELO LEITE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As emissões nacionais de gases do efeito estufa aumentaram 3,5% em 2015, em comparação com o ano anterior, na contramão da evolução do PIB, que encolheu 3,8%. O desmatamento foi o maior responsável pelo retrocess

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.10.2016, 12:44:22 Editado em 26.10.2016, 19:57:31
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MARCELO LEITE

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As emissões nacionais de gases do efeito estufa aumentaram 3,5% em 2015, em comparação com o ano anterior, na contramão da evolução do PIB, que encolheu 3,8%. O desmatamento foi o maior responsável pelo retrocesso, que afasta o Brasil da rota prevista no Acordo de Paris.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Sistema de Estimativa de Emissão de Gases do Efeito Estufa, da rede de ONGs Observatório do Clima.

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A perda de floresta amazônica no ano passado aumentou 25%, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Incluindo na conta todos os outros biomas brasileiros (caatinga, cerrado, mata atlântica, Pantanal e pampas), o crescimento de emissões por desmatamento foi de 12%.

A chamada mudança do uso da terra, no jargão da mudança climática, é a principal fonte de gases do efeito estufa, como o CO2 (dióxido de carbono), que aprisionam radiação solar na atmosfera e, com isso, a aquecem.

"O acordo do clima entra em vigor daqui a 11 dias. Tirá-lo do papel exige mudar drasticamente o rumo do nosso desenvolvimento, mas não é o que estamos vendo acontecer", afirma Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima.

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A poluição gerada pelo segundo maior setor gerador de emissões, energia, por outro lado, decresceu 5,3%, mais portanto que o encolhimento do PIB. Foi a primeira vez desde 2009 que as emissões de energia caíram.

Isso ocorreu porque a demanda por eletricidade e combustíveis se desacelerou com a crise econômica, em especial na indústria, e também porque aumentou a participação de fontes renováveis na matriz energética (eletricidade de fonte eólica e etanol no setor de transportes).

De 2014 para 2015, no setor de transportes, caiu o consumo de combustíveis fósseis, não renováveis, como diesel e gasolina, e aumentou o de etanol, considerado renovável porque o cultivo de cana retira da atmosfera a maior parte do CO2 lançado pelos motores movidos a álcool.

Na moldura do Acordo de Paris, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir as emissões nacionais em 37% até 2025 (tomando os níveis de 2005 como referência) e em 43% até 2030. O resultado de 2015, no entanto, mantém o país numa trajetória de aumento e não de redução da poluição climática.

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