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ONU desiste de tirar doentes e feridos de Aleppo após frustração em trégua

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ONU (Organização das Nações Unidas) abandonou os planos de retirar pessoas feridas e doentes de Aleppo, cidade parcialmente controlada por rebeldes no norte da Síria atualmente cercada por forças leais ao regime do ditador B

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.10.2016, 10:07:07 Editado em 25.10.2016, 15:35:40
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ONU (Organização das Nações Unidas) abandonou os planos de retirar pessoas feridas e doentes de Aleppo, cidade parcialmente controlada por rebeldes no norte da Síria atualmente cercada por forças leais ao regime do ditador Bashar al-Assad.

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A organização pretendia resgatar civis em situação de emergência humanitária durante os períodos de trégua unilateral em bombardeios sobre Aleppo no final da semana passada. A chamada "pausa humanitária" foi promovida pelo regime sírio com apoio da Rússia, sua aliada, com o objetivo de retirar civis e rebeldes antes de uma ofensiva final sobre a cidade.

No entanto, nenhum doente ou ferido pôde ser resgatado durante o cessar-fogo temporário, afirmou em comunicado na segunda-feira (25) o subsecretário-geral para assuntos humanitários e coordenador de ajuda de emergência da ONU, Stephen O'Brien.

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"As retiradas foram obstruídas por vários fatores, incluindo atrasos no recebimento das aprovações necessárias das autoridades locais do leste de Aleppo, condições impostas por grupos armados não-estatais e a objeção do governo da Síria à entrada de suprimentos médicos e de outras formas de ajuda na parte leste da cidade", afirmou O'Brien.

"Estou revoltado que o destino de civis vulneráveis -pessoas doentes e feridas, crianças e idosos, todos necessitados de cuidado crítico e de sobrevivência- fique implacavelmente nas mãos de partes que vêm fracassando persistente e desavergonhadamente em colocá-las acima de interesses políticos e militares estreitos."

Desde o fim da "pausa humanitária", no domingo (23), os confrontos e bombardeios foram retomados em Aleppo.

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A ONU não consegue ter acesso ao leste de Aleppo desde julho, quando o regime sírio e forças aliadas colocaram o setor oriental da cidade sob cerco, promovendo intensos ataques que mataram centenas de civis e deixaram o cenário urbano em ruínas. Estima-se que aproximadamente 270 mil pessoas vivam nas áreas sitiadas.

O Ocidente, que apoia alguns dos grupos rebeldes envolvidos no conflito sírio, vem tentando pressionar instituições internacionais para iniciar uma investigação de possíveis crimes de guerra cometidos em Aleppo pela Rússia e pelo regime sírio.

Iniciada em março de 2011, no contexto da série de levantes populares conhecida como Primavera Árabe, a guerra civil na Síria já deixou mais de 400 mil mortos.

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