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Cerco a Aleppo é 'crime de proporções históricas', diz comissário da ONU

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O alto-comissário da ONU (Organização das Nações Unidas) para direitos humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, classificou nesta sexta-feira (21) de "crimes de proporções históricas" o cerco e os bombardeios às áreas controladas por r

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.10.2016, 12:08:56 Editado em 21.10.2016, 12:10:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O alto-comissário da ONU (Organização das Nações Unidas) para direitos humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, classificou nesta sexta-feira (21) de "crimes de proporções históricas" o cerco e os bombardeios às áreas controladas por rebeldes na porção oriental da cidade de Aleppo, na Síria.

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"Grupos armados da oposição continuam lançando morteiros e outros projéteis em direção a bairros de civis em Aleppo ocidental, mas ataques aéreos indiscriminados sobre a porção oriental da cidade realizados pelas forças do regime e por seus aliados são responsáveis pela maior parte das baixas entre civis", declarou Zeid por videoconferência a uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

O alto-comissário também disse que as potências mundiais deveriam tratar da situação na Síria no Tribunal Penal Internacional.

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A declaração de Zeid se soma ao coro de governos do Ocidente contra a ofensiva para retomar Aleppo das mãos de rebeldes, realizada pelo regime do ditador sírio, Bashar al-Assad, e por aliados, inclusive o governo da Rússia. Bombardeios na cidade já deixaram centenas de civis mortos e hospitais destruídos.

PAUSA HUMANITÁRIA

No segundo dia de "pausa humanitária" de ataques sobre Aleppo, promovida pela Rússia com o objetivo de evacuar civis e rebeldes antes de uma ofensiva final sobre a cidade, a ONU afirmou que socorristas seguem encontrando dificuldades para retirar pessoas feridas e doentes.

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A pausa de bombardeiros tem duração de 11 horas por dia, e deve se repetir ao menos até domingo (23). Durante a madrugada desta sexta, antes do início da trégua, foram registrados enfrentamentos entre rebeldes e forças leais ao regime sírio nas frentes de batalha, ao redor da área sitiada em Aleppo.

O embaixador da Síria em Genebra, Hussam Aala, disse que o regime de Damasco "já tomou todas as medidas" para a saída de civis de Aleppo, deixando disponíveis ambulâncias e ônibus em corredores humanitários.

"Infelizmente a ONU não está preparada para cooperar", afirmou. "Terroristas dentro de Aleppo impedem a evacuação, usando morteiros e atiradores para atacar corredores humanitário e pontos de passagem. (...) A evacuação de feridos deveria correr incondicionalmente."

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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou o Ocidente de proteger rebeldes de um grupo rebelde previamente conhecido como frente Al Nusra, filiado aos terroristas da Al Qaeda, para ter mais chances de derrubar Assad no futuro. Lavrov acrescentou que os militantes desse grupo se recusam a deixar Aleppo.

PRESSÃO OCIDENTAL

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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta sexta-feira que o bloco europeu pode aumentar sanções contra a Síria e seus aliados, inclusive a Rússia, por sua campanha "bárbara" contra os rebeldes sírios.

A premiê do Reino Unido, Theresa May, afirmou nesta sexta que a União Europeia deve "considerar todas as opções" possíveis para pressionar o governo russo e o regime sírio a cessar definitivamente os ataques sobre Aleppo.

Na reunião da ONU em Genebra, o ministro do Reino Unido para África e Oriente Médio, Tobias Elwood, disse que a Rússia "está piorando a situação" na Síria. "Isso é vergonhoso e não é ação ou liderança que esperamos de uma nação do G5", acrescentou, referindo-se aos países com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

A guerra civil na Síria se arrasta por quase seis anos e já deixou aproximadamente 400 mil mortos.

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