SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em viagem a Buenos Aires, o prefeito eleito em São Paulo, João Doria (PSDB), disse ter se identificado com a "informalidade" com que Horácio Larreta, prefeito da capital argentina, administra a cidade e decidiu aderir ao modelo.
"Ele é jovem, tem um grau de informalidade que é o mesmo que vamos adotar na Prefeitura de São Paulo", disse Doria nesta sexta (14). "Ele não usa gravata. Nós também não vamos usar gravata
Na Argentina, o presidente Mauricio Macri foi quem inaugurou esse estilo mais informal quando prefeito de Buenos Aires, em 2007. Seu sucessor, Horácio, manteve a mesma linha. Curiosamente, Macri ascendeu ao poder com a mesma narrativa usada na campanha de Doria: se vendia como um empresário bem sucedido, que não era político.
Além da informalidade do vestuário, Doria quer importar algumas políticas adotadas na capital argentina. Ele afirmou que, em fevereiro, o prefeito de Bueno Aires virá a São Paulo e indicará uma equipe argentina para palpitar na implementação de propostas que deram certo naquela cidade.
O intercâmbio de informações se dará prioritariamente em quatro áreas: transporte, zeladoria urbana, qualificação de serviços públicos e economia criativa.
Doria disse ter ficado impressionado com o sistema de metrobus de Buenos Aires, uma espécie de corredor fechado exclusivo para ônibus. "Não chega a ser um VLT. É quase. Faz muito sucesso aqui", avaliou Doria.
CIDADE LIMPA
Questionado se a política de concessões e privatizações poderá alterar a predominância da lei Cidade Limpa, que veta a exibição de anúncios para coibir a poluição visual, afirmou que a proposta é "boa" e será mantida", mas abriu uma brecha.
"A Cidade Limpa é uma proposta boa e será preservada, mas sempre que puder ser avaliada em benefício da população creio que essa flexibilidade ajuda a cidade a ser melhor para quem precisa, que são os seus moradores", disse, sem entrar em mais detalhes.
Doria disse ainda que vai avaliar propostas para transformar o Minhocão em um parque público.
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