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Novo secretário da Segurança do Rio vai encontrar dívida de quase R$ 1 bi

ITALO NOGUEIRA E SÉRGIO RANGEL RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O futuro secretário da Segurança do Rio, Roberto Sá, terá a missão de aprimorar as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) com um orçamento enxuto e com uma dívida que se aproxima de R$ 1 bi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.10.2016, 14:22:45 Editado em 13.10.2016, 14:25:09
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ITALO NOGUEIRA E SÉRGIO RANGEL

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O futuro secretário da Segurança do Rio, Roberto Sá, terá a missão de aprimorar as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) com um orçamento enxuto e com uma dívida que se aproxima de R$ 1 bilhão.

Nesta semana, o atual titular da pasta, José Mariano Beltrame, anunciou sua saída -que deve ocorrer após o segundo turno das eleições, no fim deste mês.

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Dados da Secretaria de Fazenda mostram que a Secretaria da Segurança já comprometeu R$ 5 bilhões de seu orçamento. Até o momento, conseguiu pagar apenas R$ 4,2 bilhões.

Para piorar, o cenário nos próximos meses é preocupante. Segundo Beltrame, o governo não tem recursos para pagar o salário de dezembro, bem como o 13º. O atraso só não ocorreu antes graças à ajuda federal de R$ 2,9 bilhões destinada à segurança pública para a Olimpíada.

O cenário é bem distinto do vivenciado por Beltrame em oito dos quase dez anos no cargo. O orçamento do Estado voltado para a segurança pública aumentou, em valores reais, 40% entre 2007 e 2014. A ampliação permitiu não só a criação das UPPs como a contratação de mais de 10 mil agentes para atuar nessas áreas.

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Em 2015, o orçamento para a área de segurança -dividido entre diversas pastas- estacionou nos R$ 10,8 bilhões. A previsão é que este ano caia para cerca de R$ 9,5 bilhões.

O atraso de salários iminente e a suspensão de novos concursos põe em cheque a possibilidade de criação de novas UPPs, bem como a consolidação das atuais em áreas problemáticas.

A mudança de realidade orçamentária levou também ao anúncio nesta quarta-feira (12) da saída do chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso. Ao deixar o cargo, ele apontou as dificuldades diárias como o principal motivo do pedido de exoneração.

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"A polícia não está conseguindo investigar o que precisa ser investigado. Nosso trabalho foi reduzido. Com exceção da Divisão de Homicídios, para a qual conseguimos manter os recursos, as outras unidades da instituição trabalham de forma precária", afirmou o chefe da Polícia Civil.

"Até o combustível dos carros é racionado. O policial civil faz o melhor possível, mas fica em uma situação delicada quando percebe que o próprio sustento da família é incerto", declarou.

No cargo desde janeiro de 2014, Veloso disse já havia pedido para deixar a chefia antes dos Jogos Olímpicos, mas foi convencido por Beltrame.

"Como o secretário vai deixar o cargo, eu me senti à vontade para fazer o mesmo", disse.

O governador licenciado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse que uma série de medidas serão tomadas até o fim de outubro para pagar o salário de dezembro e o 13º dos policiais.

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