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Pai de Joaquim espalha outdoors em quatro cidades em busca de acusado

MARCELO TOLEDO RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Após o técnico em informática Guilherme Raymo Longo confessar em uma entrevista à TV ter matado o enteado, Joaquim Ponte Marques, 3, e desaparecer, o pai do garoto espalhou outdoors em busca de seu paradeir

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.10.2016, 14:01:24 Editado em 06.10.2016, 16:34:16
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MARCELO TOLEDO

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RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Após o técnico em informática Guilherme Raymo Longo confessar em uma entrevista à TV ter matado o enteado, Joaquim Ponte Marques, 3, e desaparecer, o pai do garoto espalhou outdoors em busca de seu paradeiro em quatro cidades paulistas.

O menino desapareceu de casa, em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) em 5 de novembro de 2013, e seu corpo foi encontrado cinco dias depois, no rio Pardo, em Barretos (a 423 km de São Paulo). Além de Ribeirão, os outdoors foram colocados em Barretos, São Carlos e Guará e uma página foi criada numa rede social.

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As peças têm foto de Longo, telefones para denúncias e a frase: "Pelo amor de um pai e toda família do menino Joaquim, colabore com informações para que Guilherme Longo seja preso pela crueldade do crime que confessou!".

Em entrevista à TV, Longo disse que "não raciocinou direito" e acabou "fazendo besteira". Segundo ele, o garoto foi morto por estrangulamento e, depois, teve o corpo jogado num córrego, que deságua no rio Pardo -e que levou o corpo de Joaquim a mais de 100 quilômetros de Ribeirão.

Segundo o advogado Alexandre Durante, defensor de Artur Paes, pai de Joaquim, a ideia inicial foi do próprio pai do garoto assassinado, e amigos e patrões fizeram campanha para arrecadar fundos para custear a colocação dos outdoors.

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Para ele, a confissão de Longo feita à TV não corresponde à realidade e o objetivo do técnico em informática foi "tirar" a mãe de Joaquim, Natalia Ponte, da cena do crime. "A maneira como ele falou que matou o Joaquim não se sustenta em nenhum laudo. Ficou clara a tentativa de tirar a Natalia do crime, de isentá-la de qualquer coisa", afirmou o advogado.

Longo, que está desaparecido desde 23 de setembro, disse na entrevista que matou a criança de forma a "não machucar" Joaquim.

"Eu estrangulei ele... sem... eu não apertei a traqueia dele né, para não machucar. Eu sabia que ia machucar. Simplesmente, é... comprimi a lateral do pescoço dele pra que ele desmaiasse sem dor. Foi rápido. Foi coisa de dois, três segundos [...] E aí ele desmaiou. Eu segurei ele por mais algum período de tempo até ele não esboçar mais reação", disse.

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O crime foi cometido, de acordo com ele, a fim de que o relacionamento com a mãe de Joaquim melhorasse. Os dois chegaram a ficar presos. Natalia obteve liberdade dias depois, para aguardar o julgamento em liberdade, enquanto Longo deixou a prisão apenas em fevereiro do ano passado, após dois anos e três meses. Ele conseguiu habeas corpus sob a alegação de excesso de prazo de detenção sem julgamento.

Mas teria de estar em casa antes das 22h, o que não ocorreu desde o sumiço. A Promotoria pediu a revogação da liberdade provisória. A Justiça ainda não decidiu se ele e Natália vão a júri popular.

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INSULINA

A versão do Ministério Público Estadual é a de que Longo matou o enteado, que era diabético, com uma alta dosagem de insulina, dentro da casa da família, no Jardim Independência, em Ribeirão.

Após a morte de Joaquim, ainda segundo a Promotoria, Longo jogou o corpo no córrego Tanquinho, localizado a cerca de 200 metros de onde moravam e, de lá, ele teria sido levado até o ribeirão Preto, afluente do rio Pardo.

Exames feitos pelo IML (Instituto Médico Legal) descartaram que o menino tenha morrido afogado, já que não havia água em seus pulmões.

Longo foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já Natália foi denunciada por suposta omissão. Ela mora em São Joaquim da Barra, na região de Ribeirão Preto, com os pais e um filho, fruto do relacionamento com Longo.

A defesa de Longo já pediu exame nas vísceras do garoto para comprovar se havia superdosagem de insulina. A defesa sempre alegou que não existiam provas contra o técnico em informática.

Segundo especialistas, a insulina é metabolizada rapidamente pelo organismo, e seria difícil a perícia identificar uma superdosagem da substância no corpo do garoto.

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