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Moderador de debate eleitoral dos EUA entra na mira de Trump

MARCELO NINIO WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O debate presidencial terminou, mas Donald Trump continuou no ataque. Na mira do candidato republicano entrou o jornalista Lester Holt, moderador do primeiro e esperado confronto cara a cara entre Trump e a dem

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.09.2016, 17:58:52 Editado em 27.09.2016, 18:00:04
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MARCELO NINIO

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O debate presidencial terminou, mas Donald Trump continuou no ataque. Na mira do candidato republicano entrou o jornalista Lester Holt, moderador do primeiro e esperado confronto cara a cara entre Trump e a democrata Hillary Clinton nesta segunda (26).

Para o bilionário, Holt foi tendencioso a favor de sua adversária e a impressão se espalhou em mensagens e memes publicados por simpatizantes de Trump nas redes sociais.

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Em entrevista à rede Fox na manhã após o debate, ele reclamou que Holt não questionou Hillary sobre alguns temas sensíveis para ela, como o episódio dos e-mails, em que ela foi investigada pelo FBI (polícia federal) por ter usado um servidor privado sem autorização, e Benghazi, a cidade da Líbia em que o embaixador americano foi morto em um ataque em 2012.

Sobraram queixas também para o seu microfone no debate, que Trump disse estar com defeito e posicionado baixo demais. O bilionário, de um metro e 88 de altura, tinha que baixar a cabeça para chegar perto do microfone, enquanto o de Hillary estava numa posição mais adequada a ela.

"Não quero acreditar em teorias conspiratórias, claro, mas ele estava bem mais baixo que o dela e dava interferência", disse. "Fico pensando, será que foi de propósito?"

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Mostrando confiança com seu desempenho no debate, Hillary ironizou as insinuações de Trump, que considerou um atestado de derrota. "Quem reclama do microfone é porque não está numa noite muito boa", rebateu a ex-secretária de Estado. ÂNCORA

Jornalista com mais de 35 anos de carreira, Lester Holt, 56, apresenta desde o ano passado o noticiário de maior audiência da TV aberta nos EUA, NBC Nightly News. Sua escalação foi justificada pela experiência e pela capacidade de usar "períodos extensos de tempo com eficiência", segundo o comitê independente que organiza os debates presidenciais.

Para os seguidores de Trump, porém, Holt gastou muito mais tempo pressionando Trump do que o fez com Hillary. Uma mensagem que viralizou entre eles nas redes sociais afirma que o moderador interrompeu 41 vezes o bilionário, muito mais que as sete em que fez o mesmo com Hillary.

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"Incrivelmente tendencioso", postou o usuário de nome "Patrick Deplorável" usando o polêmico adjetivo usado por Hillary para descrever metade dos eleitores de Trump.

A sensação dos trumpistas de que seu candidato foi injustiçado se propagou nas redes sociais, alimentada pelo próprio bilionário. Pelas contas do site "Vox", entretanto, Holt interrompeu Hillary muito mais vezes (70) do que Trump (47).

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Números à parte, foi o tipo de comentário de Holt endereçados a Trump que mais chamou a atenção, com correções ao que o bilionário dizia. Calmamente, o jornalista apontou fatos para derrubar versões sempre repetidas por Trump, como a de que ele foi contra a invasão do Iraque, ou que não pode divulgar sua declaração de renda por estar no meio de uma auditoria.

Em geral, o desempenho discreto e profissional de Holt recebeu elogios. Até Trump parecia satisfeito ao ser questionado de bate-pronto logo após o debate, dizendo que o moderador havia sido "ótimo". Pouco depois, começou a questioná-lo nas redes sociais.

Mas a sobriedade de Holt também foi criticada como excessiva por alguns analistas, que acharam que ele perdeu o controle do debate ao permitir que os candidatos partissem para o bate-boca.

"Os piores momentos de Holt foram quando Trump gritava em cima das respostas de Hillary Clinton e o debate parecia ter virado um vale-tudo de altos decibéis, sem juiz", escreveu a colunista de mídia do "Washington Post", Margaret Sullivan.

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