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Relatório dos Médicos Sem Fronteiras condena ataques sofridos no Iêmen

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgou nesta terça-feira (27) um documento com investigações que conduziu sobre os ataques a um hospital e uma clínica que administrava no Iêmen. Localizado no sul da península Ará

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.09.2016, 11:22:24 Editado em 27.09.2016, 17:05:14
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgou nesta terça-feira (27) um documento com investigações que conduziu sobre os ataques a um hospital e uma clínica que administrava no Iêmen.

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Localizado no sul da península Arábica, o Iêmen enfrenta uma guerra civil há um ano e meio, que opõe milícias xiitas insurgentes e forças ligadas ao atual presidente, que contam com a ajuda de uma coalizão encabeçada pela Arábia Saudita. Os combates já deixaram mais de 10 mil mortos.

O hospital de Abs foi bombardeado no dia 15 de agosto, provocando a morte de 19 pessoas. A coalizão liderada pela Arábia Saudita reconheceu a autoria do bombardeio. Os ataques aéreos teriam visado um carro civil que havia acabado de estacionar no pátio da área de emergência do hospital, trazendo pessoas, incluindo uma criança, feridas em ataques que aconteciam nas proximidades.

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O relatório conclui que o bombardeio foi um ataque injustificado, não provocado e ilegítimo, independentemente de ter como alvo o hospital ou o carro. A coalizão saudita, ao "atacar o hospital sem qualquer legitimidade e sem avisos prévios, violou as leis humanitárias internacionais", afirma o documento.

A clínica de Taiz (uma clínica montada em tenda), voltada para o atendimento materno-infantil, foi atingida por um bombardeio no dia 2 de dezembro de 2015. A coalizão liderada pela Arábia Saudita também reconheceu a autoria do bombardeio. As coordenadas geográficas da clínica haviam sido fornecidas a todas as parte em conflito.

Como bombardeios estavam ocorrendo nas proximidades da clínica, o MSF entrou em contato com as autoridades para pedir que parassem os ataques nas proximidades do hospital. Ainda assim, projéteis caíram a pouco mais de 20 metros da clínica, ferindo 9 pessoas, uma das quais morreu.

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Em resumo, "apesar de haver diferenças significativas entre as circunstâncias que cercaram cada incidente" diz um comunicado divulgado pela organização, "os bombardeios atingiram unidades médicas em pleno funcionamento e não respeitaram a proteção inerente às atividades médicas. As investigações internas sobre os incidentes de Abs e Taiz também concluem que a neutralidade e a imparcialidade das instalações não haviam sido comprometidas antes dos ataques, de forma que não havia razões legítimas para atacar as unidades de saúde".

Na Síria, diversos hospitais administrados ou apoiados pelo MSF também foram alvo de ataques aéreos nos últimos anos, deixando dezenas de mortos.

O relatório dos Médicos Sem Fronteira vem a público um dia antes da sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas que vai discutir a proteção das atividades médicas.

Em maio, o Conselho de Segurança adotou uma resolução pedindo o fim da impunidade aos responsáveis pelos ataques e o respeito à lei internacional por todas as partes do conflito. O MSF considera que, desde então, "não houve medidas concretas e visíveis para materializar suas intenções [da resolução]".

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