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Escola sem Partido é antirrepublicano, diz filósofo na Bienal do Livro

MAURICIO MEIRELES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Lotada, com pessoas em pé, sentadas no chão e também fora do espaço reservado para o debate, a mesa que reuniu os filósofos Mario Sérgio Cortella e Luiz Felipe Pondé, colunista da Folha de S.Paulo, na tarde d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.08.2016, 20:06:25 Editado em 27.08.2016, 20:10:04
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MAURICIO MEIRELES

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Lotada, com pessoas em pé, sentadas no chão e também fora do espaço reservado para o debate, a mesa que reuniu os filósofos Mario Sérgio Cortella e Luiz Felipe Pondé, colunista da Folha de S.Paulo, na tarde deste sábado (27), na Bienal do Livro de São Paulo, discutiu uma dezena de assuntos relativos à vida democrática.

O momento que causou mais comoção, porém, foi quando uma professora na plateia questionou os debatedores sobre o programa Escola sem Partido.

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"O Escola sem Partido é inconstitucional e antirrepublicano", disse Cortella. "Existe alguém que defenda escola com partido? Eu não conheço ninguém."

Para o autor, o movimento confunde partido com política. "O professor não deve partidarizar, mas não deve despolitizar [a escola]."

Mais à frente, o projeto também foi ironizado por Pondé.

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"Acho que a escola tem que oferecer visões contraditórias da sociedade. Isso pode ajudar [os alunos] a ter uma visão mais complexa", afirmou.

"Mas, se os professores estão tentando fazer os alunos virarem petistas, pelo visto eles só estão conseguindo com os alunos de ciências sociais."

A dupla ainda comentou a crise política no país, defendendo que o Brasil vive um momento importante para a formação política da sociedade.

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"É um momento febril, mas nunca na nossa história tivemos uma educação política tão forte. É sofrido, mas incrível."

Concordando com o companheiro de debate, Pondé ressaltou que a crise política será estudada nas escolas no futuro. E defendeu que, apesar da radicalização na sociedade, a democracia precisa acomodar tais conflitos.

"As incoerências existem mesmo. Me parece que o objetivo da democracia é institucionalizar as tensões e, com isso, fazer que as pessoas não se matem na rua."

Os dois foram aplaudidos várias vezes durante a conversa.

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