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CPI do Municipal pedirá passaporte e condução coercitiva de John Neschling

GUSTAVO FIORATTI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A CPI que investiga na Câmara Municipal irregularidades nas contas do Theatro Municipal vai requerer à Justiça a condução coercitiva de John Neschling, diretor artístico da casa, a uma próxima sessão. A votaç

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.08.2016, 15:43:51 Editado em 24.08.2016, 15:45:04
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GUSTAVO FIORATTI

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A CPI que investiga na Câmara Municipal irregularidades nas contas do Theatro Municipal vai requerer à Justiça a condução coercitiva de John Neschling, diretor artístico da casa, a uma próxima sessão.

A votação pela medida foi realizada nesta quarta (24). Também houve a decisão de requerer à Polícia Federal o passaporte do maestro.

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A decisão dos vereadores foi uma resposta à ausência de Neschling na sessão de hoje. O diretor artístico do teatro havia sido convocado, mas não compareceu à acareação programada para esta manhã.

Um vereador leu, na sessão, a justificativa enviada pelo advogado do maestro, Eduardo Carnelós. O texto dizia que o maestro não tinha "interesse" nem "disposição" para prestar novo depoimento.

O maestro foi ouvido na quarta passada (17), em sessão que durou cinco horas e meia.

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Em nota à imprensa, Carnelós considerou que a comissão tomou medidas ilegais. Ele também escreveu que o maestro considera "ser evidente que os mentirosos que o acusam continuarão a fazê-lo". Ele se refere a José Luiz Herencia, ex-diretor da Fundação Theatro Municipal, e a William Nacked, ex-diretor da organização social que administra o teatro.

Ambos são investigados pelo mesmo caso, na CPI e também no Ministério Público Estadual. Herencia e Nacked fecharam acordo de delação premiada.

Com o andamento das investigações, Neschling passou a ser questionado principalmente por possíveis conflitos de interesse, pois intermediou a contratação, no Municipal, de espetáculos vendidos pelo mesmo agente que o representa no exterior, o argentino Valentin Proczynski.

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Para explicar a ausência, Carnelós diz ainda que a Constituição Federal "garante o respeito à dignidade da pessoa humana" e "o direito à preservação da honra e da imagem". Para ele, haveria "exposição indevida de Neschling, se efetivada a acareação", com o risco de situação comparada a uma "briga de rua".

O maestro não foi o único a não comparecer. Sua mulher, a escritora Patrícia Melo, também havia sido convocada. William Nacked justificou sua ausência por ter, nesta mesma data, o compromisso de depor ao Ministério Público.

Foi convocado ainda o cineasta Toni Venturi, que justificou sua ausência alegando "compromissos pessoais inadiáveis", dispondo-se, contudo, a ser ouvido em uma próxima ocasião. Ele é investigado pela produção de vídeos institucionais que custaram R$ 540 mil, mas não foram veiculados.

O único convocado a comparecer à sessão foi Herencia. Ele declarou a CPI que não adianta procurar "vantagens" do maestro em contas do Brasil. "Vocês não vão achar ali. É em contas na Suíça que vocês vão encontrar".

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