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Samarco é multada pelo Ibama em R$ 1 milhão por omitir depósito de lama

JOSÉ MARQUES E ESTÊVÃO BERTONI BELO HORIZONTE, MG, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibama multou em R$ 1 milhão a mineradora Samarco, responsável pelo rompimento de uma barragem de rejeitos em Mariana (MG), em novembro do ano passado, por omitir em docume

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.08.2016, 19:42:22 Editado em 23.08.2016, 19:45:13
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JOSÉ MARQUES E ESTÊVÃO BERTONI

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BELO HORIZONTE, MG, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibama multou em R$ 1 milhão a mineradora Samarco, responsável pelo rompimento de uma barragem de rejeitos em Mariana (MG), em novembro do ano passado, por omitir em documento oficial a existência de um depósito temporário de lama em Barra Longa, a 70 km do local da tragédia.

Segundo o órgão ambiental, a empresa afirmou, em resposta a ofício, que não usa qualquer área na cidade como depósito temporário de rejeitos removidos dos pontos atingidos.

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No entanto, a Samarco utiliza, desde o ano passado, o terreno de um parque de exposições em Barra Longa para depositar 35 mil m³ de rejeitos. O local é de fácil acesso e visível a quem acessa a cidade.

"Esses rejeitos estão colocado em local indevido, próximo ao rio, e podem ser carreados [levados para a água] durante o período chuvoso", afirma Marcelo Belisário, superintendente do Ibama em Minas Gerais.

Em 5 de novembro de 2015, 32,4 milhões de m³ de rejeitos vazaram da barragem do Fundão, em Mariana, destruindo o subdistrito de Bento Rodrigues. O material atingiu os rios Gualaxo do Norte, do Carmo (que corta o município de Barra Longa) e Doce. A lama deixou um rastro de destruição até o litoral do Espírito Santo.

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Em Barra Longa, cidade de 5.799 habitantes, o perímetro urbano foi atingido pela onda de rejeitos de minério. Seis meses após a tragédia, o município ainda sofria com o material seco nas ruas e no fundo das casas. Segundo a Secretaria de Saúde da cidade, a poeira fez aumentar os registros de casos de doenças respiratórias, de pele e diarreia.

Moradores também criticam o uso do parque de exposições como depósito. "O parque é colado na casa de algumas pessoas, e a poeira da lama seca pode causar doenças. Criamos até um slogan: 'A Samarco está levando a lama para onde não houve tragédia'", disse à Folha de S.Paulo, em abril, Sérgio Papagaio, integrante da comissão de moradores atingidos pelo rompimento da barragem.

A Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, afirmou, em nota, que recebeu o auto de infração, lavrado no último sábado (20), e que "analisa as medidas que serão adotadas". "A empresa ressalta que mantém diálogo frequente com o órgão a respeito das ações que vem sendo tomadas", diz a mineradora.

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