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Estudantes de escola ocupada em SP querem 'QG' nacional de protestos

DHIEGO MAIA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os estudantes que ocupam desde a madrugada deste sábado (30) a Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, querem fazer do local um "QG" das manifestações estudantis registradas no país.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 30.04.2016, 19:50:18 Editado em 27.04.2020, 19:50:56
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DHIEGO MAIA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os estudantes que ocupam desde a madrugada deste sábado (30) a Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, querem fazer do local um "QG" das manifestações estudantis registradas no país.
"Os problemas que São Paulo tem na educação são os mesmos dos demais Estados. A causa é nacional", diz Jacqueline de Castro, aluna da Escola Estadual Antonio Alves Cruz.
"É como estamos fazendo aqui em São Paulo. O movimento não é só de estudantes da Fernão", afirma Manuela Day, 15, da escola Godofredo Furtado.
A ideia é dar visibilidade aos protestos de norte a sul do país pelas redes sociais. "Já trabalhamos em rede. Temos escolas ocupadas no Ceará e no Rio de Janeiro. Todo mundo sabe disso?", questiona Cristiane Manolopoulos, 17.
Os estudantes ouvidos pela reportagem dizem que estão preparados para resistir. "Na primeira ocupação tivemos falhas de organização e comunicação que não cometeremos mais. Agora é pra valer", afirma Larissa Moreira, 15.
Para além de problemas paulistas ligados às suspeitas de desvios de dinheiro da merenda e da "disfarçada reorganização escolar", a pauta de reivindicações dos secundaristas é bem nacional.
"Somos contra a precarização da educação, dos cortes de verbas para a educação, de um modelo de aprendizado que não nos ouve", resume Guilherme da Silva, 15, da Amélia Kerr Nogueira.
LADOS OPOSTOS
O movimento, no entanto, colocou as mães de alunos em lados opostos de um ringue ideológico.
Contrária à mobilização, a enfermeira Suzana Calori, 43, fez a filha pular o portão da escola ocupada para ela resgatar livros. "Eles [manifestantes] vão destruir tudo depois. Minha filha vai ficar sem aula. E o Enem?", reclamou.
Já uma servidora da USP que se identificou apenas como Maria foi até a Fernão com um cartaz pendurado no pescoço que perguntava: "Cadê a merenda?" "É uma questão de solidariedade com a educação pública."
OUTRO LADO
O Governo de São Paulo classificou como "uma ação seletiva exclusivamente de natureza política as ocupações à escola Fernão Dias e à sede administrativa do Centro Paula Souza, responsável pelas escolas técnicas estaduais.
Em nota, divulgada no início da noite deste sábado, o governo afirma que as ações "representam um desrespeito ao bom senso, prejudicam estudantes, professores e funcionários". Ele também nega que haja um processo de reorganização das escolas em curso e que falte merenda, como alegam alguns estudantes.

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