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Chanceler alemã diz que buscará manter livre circulação na UE

JULIANO MACHADO BERLIM, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - Sob forte pressão interna para conter o número de refugiados na Alemanha, a chanceler Angela Merkel afirmou nesta sexta-feira (4), após encontro em Paris com o presidente francês, François Hollande, que bus

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.03.2016, 13:51:00 Editado em 27.04.2020, 19:52:28
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JULIANO MACHADO
BERLIM, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - Sob forte pressão interna para conter o número de refugiados na Alemanha, a chanceler Angela Merkel afirmou nesta sexta-feira (4), após encontro em Paris com o presidente francês, François Hollande, que buscará manter a livre circulação de pessoas na União Europeia (UE), prevista pelo Espaço Schengen.
Para isso, segundo Merkel, ela e Hollande concordaram em "proteger nossas fronteiras externas para conservar a liberdade de trânsito dentro da Europa e por razões de segurança".
A declaração foi um recado à Turquia, cada vez mais cobrada pelos países europeus a conter o fluxo de refugiados -principalmente da Síria- que atravessam seu território e de lá partem de barcos rumo à Europa. "Soluções unilaterais não nos adiantam mais", afirmou Merkel.
Hollande, por sua vez, disse que França e Alemanha "trabalham sob a mesmo pensamento e com a mesma vontade".
Ele reafirmou o compromisso de abrigar mais 30.000 refugiados nos próximos dois anos e anunciou que a França entrará com um navio de sua frota na missão da Otan liderada pela Alemanha que patrulha o mar Egeu para coibir as travessias ilegais.
Até agora, integravam a operação quatro navios de guerra -da Alemanha, Canadá, Grécia e Turquia.
O encontro desta sexta-feira serviu de preparação para a cúpula extraordinária da UE sobre refugiados, em Bruxelas, na próxima segunda-feira (7).
A conferência terá a participação da Turquia, que não integra o bloco. Em novembro, a UE anunciou um fundo de 3 bilhões de euros (R$ 12,1 bilhões) a Ancara para ajudar a abrigar os refugiados sírios -hoje há cerca de 2,5 milhões em acampamentos na Turquia.
O Espaço Schengen foi criado em 1985 para garantir a livre circulação de pessoas, mercadorias e capitais na UE. Fazem parte dele 22 dos 28 membros do bloco. Desde setembro de 2015, porém, oito países controlam de alguma forma suas fronteiras com outras nações da UE, sob a justificativa de segurança e de não ter condições de abrigar refugiados.
A situação mais dramática é na fronteira da Grécia com a Macedônia, fechada pelo governo macedônio. Quase 30 mil refugiados estão retidos no norte da Grécia.
PEDIDOS DE ASILO
O número de pedidos de asilo nos países da União Europeia chegou a 1,25 milhão em 2015, mais que o dobro das 562 mil solicitações do ano anterior, segundo relatório divulgado nesta sexta pela Eurostat, agência de estatísticas da UE.
A cifra põe ainda mais pressão sobre os líderes europeus para uma política coordenada de ajuda aos refugiados.
A Alemanha foi o país que mais recebeu solicitações no ano passado: 441,8 mil, o equivalente a 35% do total do bloco. Em seguida aparecem Hungria (174,4 mil), Suécia (156,1 mil) e Áustria (85,5 mil).
Assolada por uma guerra civil desde 2011, a Síria é a origem de quase um terço dos refugiados que buscam permanência na UE.
Em 2015, foram 362,7 mil pedidos (29% do total). Também atingidos por conflitos internos, os afegãos responderam por 178,2 mil solicitações (14%), e os iraquianos, 121,5 mil (10%).

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