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Para Alckmin, calote de R$ 66 mi do governo mostra 'eficiência' do Metrô

VENCESLAU BORLINA FILHO, ENVIADO ESPECIAL HORTOLÂNDIA, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que deixou de repassar no ano passado R$ 66 milhões previstos para custear as gratuidades do Metrô porque houve "eficiência

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.03.2016, 17:04:16 Editado em 27.04.2020, 19:52:33
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VENCESLAU BORLINA FILHO, ENVIADO ESPECIAL
HORTOLÂNDIA, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que deixou de repassar no ano passado R$ 66 milhões previstos para custear as gratuidades do Metrô porque houve "eficiência" da empresa estadual, que "exigiu um repasse menor" por parte do Estado.
O calote foi revelado quarta-feira (2) pela Folha de S.Paulo e se refere aos pagamentos do governo para que a companhia banque as isenções ou descontos a maiores de 60 anos, deficientes, desempregados e estudantes, por exemplo.
O governo paulista trabalhava inicialmente com um orçamento total de R$ 330 milhões para esses gastos. O montante desembolsado no final do ano passado, porém, foi de R$ 264 milhões - 20% menor ao previsto.
"Isso é prova de eficiência. O Metrô está mais eficiente, exigindo um repasse menor", disse, após ser questionado sobre os motivos do calote. "O que interessa para o cidadão? É andar de graça", afirmou Alckmin.
O governador confirmou que o Estado repassou R$ 264 milhões para a companhia paulista no ano passado a título de pagamento das 147 milhões de gratuidades (viagens). Neste ano, a expectativa é subir para 162 milhões.
Ele também afirmou que o Metrô é do governo do Estado e que neste ano deve repassar mais de R$ 5 bilhões (orçamento geral) à empresa. "O Metrô não faz uma obra se não tiver dinheiro do Estado. É deficitário", disse Alckmin.
O tucano esteve nesta quarta-feira em Hortolândia (a 109 km de São Paulo) para a cerimônia de inauguração do novo prédio do fórum local.
CULPA
O governador do PSDB atribuiu ao sindicato dos metroviários, ao PT e à imprensa a divulgação dos dados. Os dados divulgados, porém, são oficiais e foram enviados ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho) em São Paulo.
"Aí o sindicato, que é do PT, ele faz lá uma continha pra atacar o governo, e a imprensa embarca. Então ela [imprensa] pega o trabalho que o sindicato fez e põe no jornal. Simples, não dá trabalho, né?", afirmou Alckmin.
Conforme publicado pela Folha, foi numa reunião no TRT que diretores do Metrô informaram a representantes do sindicato dos metroviários que o governo não estava fazendo os repasses conforme a previsão.
A reportagem teve acesso a uma carta enviada em fevereiro pelo diretor-presidente do Metrô, Paulo Menezes Figueiredo, ao presidente do sindicato dos trabalhadores.
Nela, o executivo reconhece o congelamento de verbas no ano passado. O valor fixou abaixo do que a empresa recebia do Estado desde 2012.
Na prática, sem receber os recursos devidos pelo Estado, o Metrô é forçado a abrir mão de investimentos e melhorias no serviço e no quadro de funcionários -ou ainda cortar custos em outras áreas, para arcar com a obrigação do governo.
A direção do sindicato dos metroviários informou que a falta do repasse impacta na folha de pagamento e na discussão sobre a participação nos resultados da empresa. No ano passado, por exemplo, o valor aplicado foi de R$ 59 milhões, inferior ao que deixaram de repassar ao Metrô.
O Metrô e a Secretaria dos Transportes Metropolitanos confirmaram o contingenciamento dos repasses.

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