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Desmonte do acampamento em Calais provoca protestos, e polícia interfere

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Cerca de 24 pessoas ficaram sobre instalações do acampamento para refugiados e imigrantes em Calais em resposta ao desmonte, iniciado na segunda-feira (29) e autorizado pela justiça francesa, da parte sul do campo, conhecido c

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.03.2016, 14:37:16 Editado em 27.04.2020, 19:52:35
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Cerca de 24 pessoas ficaram sobre instalações do acampamento para refugiados e imigrantes em Calais em resposta ao desmonte, iniciado na segunda-feira (29) e autorizado pela justiça francesa, da parte sul do campo, conhecido como "a selva". Policiais fizeram um cordão de força para conter o protesto.
Uma mulher cortou seus pulsos depois que a polícia continuou a se aproximar do abrigo onde ela e um homem protestavam. Ambos foram retirados do telhado; a mulher estava consciente quando saiu do local, mas seu estado atual é desconhecido.
O desmantelamento da parte sul do acampamento de Calais causou revolta nos imigrantes e refugiados que estão no local. A França culpou os ativistas do grupo No Borders (sem fronteiras, em inglês) por ter incentivado os protestos.
Segundo o jornal britânico "The Guardian", ativistas relataram que pessoas foram removidas à força de seus abrigos e ao menos duas foram levadas pela polícia.
Nico Stevens, do grupo britânico Help Refugees, disse que no mínimo 150 imigrantes foram desalojados, mas a maioria continuou no campo, dormindo em barracas ou em prédios comunitários. Voluntários relataram que uma mulher grávida e seu marido estão entre os desabrigados.
"Há dois dias restavam apenas 140 lugares no campo de contêineres, e ontem só havia um ônibus [para levar as pessoas para acomodações], então não sei para onde as pessoas poderiam ir", disse Stevens.
O governo francês se ofereceu para realocar os abrigados em Calais -em sua maioria homens- em contêineres com aquecimento ou enviá-los a centros especializados em outros lugares do país, onde poderiam pedir asilo, embora muitos deles resistam às propostas de ajuda do governo por medo de que elas prejudiquem suas chances de chegar ao Reino Unido.
O acampamento se tornou ponto central por estar localizado próximo ao Eurotúnel (no Canal da Mancha), que conecta a França à Inglaterra.
Stevens completa: "Nós concordamos que o campo deva deixar de existir por esta não ser a maneira como as pessoas devam viver. Mas eles nos prometeram que elas seriam tratadas humanamente e com dignidade e não é isso que está acontecendo. Algumas estão sendo desalojadas às 17h ou às 18h e não têm para onde ir durante a noite".
O ministro do Interior da França declarou nesta terça-feria (1º) que "a operação irá continuar, de maneira calma e metódica, provendo um local para todos [os imigrantes e refugiados], assim como o governo prometeu".

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