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Há maior senso de humanidade entre pobres, diz CNBB sobre microencefalia

GUILHERME BRENDLER SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e bispo auxiliar de Brasília, dom Leonardo Steiner, comentou os resultados da pesquisa Datafolha sobre aborto em caso de microcefalia.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.02.2016, 12:38:26 Editado em 27.04.2020, 19:52:37
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GUILHERME BRENDLER
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e bispo auxiliar de Brasília, dom Leonardo Steiner, comentou os resultados da pesquisa Datafolha sobre aborto em caso de microcefalia. Para ele, há um senso maior de humanidade entre os mais pobres.
A pesquisa Datafolha apontou que o direito ao aborto -no caso de bebês com a má-formação comprovado- só tem a defesa majoritária entre brasileiros com escolaridade superior ou com renda familiar acima de cinco salários mínimos.
Para dom Leonardo, há um maior cuidado com a vida entre as famílias de renda menor. "Trabalhando no meio dos pobres a gente sente essa receptividade. Não que não haja no meio dos ricos, a gente sente isso também, mas na nossa sociedade dominada pela ciência técnica, não se gosta muito de lidar com a finitude humana, isso é uma verdade", disse.
"A pesquisa mostra que as pessoas têm sensibilidade para a vida humana. É extraordinário ver quantas pessoas têm sensibilidade para a questão da finitude humana", disse dom Leonardo à reportagem.
O secretário-geral da CNBB disse ainda que essas crianças [com microcefalia] não deixam de ser humanas. "Elas são humanas e talvez despertem em nós muito mais a nossa humanidade porque exigem mais cuidado, mais preocupação", afirmou dom Leonardo.
PESQUISA ANTERIOR
Em novembro do ano passado, o Datafolha realizou outra pesquisa sobre o tema, especificamente a respeito da legislação do aborto de um modo geral, sem estar relacionado a essas doenças.
Na ocasião, 67% defendiam manter a punição à prática, contra 16% que eram favoráveis à ampliação do aborto legal para mais situações e 11% que defendiam a prática em qualquer hipótese.
Dom Leonardo Steiner disse que não é possível identificar uma queda no número de pessoas que desaprova o aborto. "São pesquisas diferentes. A segunda pesquisa [publicada nesta segunda, 29] tem um objetivo muito preciso diante de uma realidade que está ali e que a população está muito preocupada. Não vejo como fazer uma comparação entre as duas pesquisas."
Para dom Leonardo, "a população está apreensiva diante do surto que existe, então é muito importante que diante mesmo dessa quase epidemia que tantas pessoas tenham consciência da preservação da vida humana, que a vida humana não pode ser descartada".

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