SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Banco Mundial divulgou nesta quinta-feira (18) que vai liberar US$ 150 milhões para ajudar no combate ao vírus da zika. Segundo a instituição, o valor estará "imediatamente disponível" para os países afetados.
A ajuda tem como alvo trabalhos de vigilância e controle, cuidado de pessoas em situação de risco como as mulheres grávidas e em idade reprodutiva, e os cuidados pré e pós-natal para as complicações neurológicas, entre outras respostas contra o vírus, de acordo com o comunicado.
Com mais de 1,5 milhões de pacientes no Brasil e 31 mil na Colômbia, a América do Sul é a região mais afetada pelo vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue, a febre amarela e a chikungunya.
Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
IMPACTO ECONÔMICO
O Banco Mundial estima em cerca de US 3,5 milhões -ou 0,06% do PIB (Produto Interno Bruto) regional- a perda de investimentos devido à doença na América Latina e Caribe. "As estimativas iniciais do impacto econômico a curto prazo da epidemia do vírus da zika para 2016 na América Latina e no Caribe são modestos", afirmou a instituição em comunicado.
Mas essas estimativas são baseadas no pressuposto de uma resposta internacional "rápida e coordenada" contra a propagação do vírus, e no pressuposto de que os riscos mais graves para a saúde estão restritos às mulheres em idade reprodutiva.
Ainda assim, os países que são altamente dependentes do turismo, particularmente no Caribe, podem sofrer perdas de mais de 1% do seu PIB e necessitariam de ajuda internacional adicional para parar o impacto do vírus em suas economias.
Da mesma forma, se a correlação entre a zika e a síndrome de Guillain-Barré for confirmados, e a transmissão de sexualmente do vírus da zika, ou as percepções de risco aumentarem, "os impactos econômicos podem ser significativamente maiores", disse o Banco.
"Nossa análise sublinha a importância de uma ação urgente para parar a propagação do vírus e proteger a saúde e o bem-estar das pessoas em ações de países afetados", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, citado no documento. A instituição está preparada para "fornecer suporte adicional se necessário", acrescentou.
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.02.2016, 15:43:46 Editado em 27.04.2020, 19:52:51
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