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Governo da Rússia nega ter feito bombardeio contra hospital

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O porta-voz do presidente da Rússia, Vladimir Putin, refutou nesta terça-feira (16) acusações de que aviões de guerra do país atacaram um hospital no norte da Síria. Dmitry Peskov disse a repórteres que este era mais um caso

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2016, 18:10:25 Editado em 27.04.2020, 19:52:55
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O porta-voz do presidente da Rússia, Vladimir Putin, refutou nesta terça-feira (16) acusações de que aviões de guerra do país atacaram um hospital no norte da Síria.
Dmitry Peskov disse a repórteres que este era mais um caso de acusação contra a Rússia feita sem que possa ser provada.
Peskov disse que qualquer comentário deve ser feito apenas com base em informações oficiais do governo da Síria.
Na segunda-feira, uma série de ataques com mísseis a pelo menos cinco instalações hospitalares e duas escolas deixou cerca de 50 mortos nas províncias de Idlib e Aleppo, no norte da Síria, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
Um dos hospitais atingidos, em Ma'rat Al Numan, em Idlib, é apoiado pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF). De acordo com a organização, pelo menos sete pessoas morreram no local. Outras oito estariam desaparecidas.
Outros dois hospitais eram ligados ao Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) –um deles era uma unidade materno-infantil, onde, segundo o organismo, teriam morrido crianças.
CRIME DE GUERRA
Nesta terça, a ONU disse que ataques deliberados contra centros médicos constituem crimes de guerra, de acordo com o direito humanitário internacional.
"O ataque intencional e direto contra instalações médicas ou contra lugares ocupados por doentes e feridos, assim como contra unidades médicas que tenham o emblema da Cruz Vermelha ou do Crescente Vermelho, é um crime de guerra em um conflito armado", disse o porta-voz do Escritório de direitos Humanos da ONU, Rupert Colville.
O porta-voz ressaltou que ainda não está claro se os ataques foram intencionais, mas "o grande número de incidentes assim gera interrogações sobre o fracasso das partes do conflito na Síria de respeitar a proteção especial que requerem os estabelecimentos médicos e seu pessoal".
Apesar de dizer que não se pode apontar com certeza se os hospitais foram alvos da aviação síria ou russa, Colville lembrou que está claro que aviões dos dois países "estão muito ativos na região".
"Pedimos aos que lançam bombas do céu que tenham mais cuidado, porque o número de ataques contra civis é astronômico. Todas as regras e normas de conduta exigidas em uma guerra foram violadas na Síria. Tudo o que se possa imaginar foi quebrado", afirmou Colville.
2012
Os ataques a hospitais na Síria começaram em 2012, um ano após o início da revolta popular contra o ditador Bashar al-Asad, que meses depois se transformou em uma guerra civil.
Desde então, 640 médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde foram mortos, enquanto 58% dos hospitais e 49% dos centros de saúde primários no país foram fechados ou trabalham apenas parcialmente.
Colville disse que desde novembro se observa um aumento de ataques contra estabelecimentos de saúde –com nove casos no total–, não só com bombardeios aéreos mas também com atentados com bombas ou veículos com explosivos.
O porta-voz sugeriu que isso pode ser uma deliberada tática de guerra.

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