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Morre ex-secretário geral da ONU Boutros-Ghali

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu aos 93 anos nesta terça-feira (16) Boutros Boutros-Ghali, que foi secretário-geral das Nações Unidas entre 1992 e 1996, informou o Conselho de Segurança da ONU. "Fomos informados que o ex-secretário-geral Boutros Bout

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2016, 14:45:09 Editado em 27.04.2020, 19:52:55
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu aos 93 anos nesta terça-feira (16) Boutros Boutros-Ghali, que foi secretário-geral das Nações Unidas entre 1992 e 1996, informou o Conselho de Segurança da ONU.
"Fomos informados que o ex-secretário-geral Boutros Boutros-Ghali faleceu", afirmou Rafael Ramírez, embaixador da Venezuela, que presidente este mês o Conselho de Segurança.
Boutros-Ghali, que era egípcio, conduziu a ONU nos anos seguintes ao colapso soviético e ao fim da Guerra Fria. Sob sua liderança, porém, o principal organismo multilateral mundial fracassou em lidar com os genocídios em Ruanda e na Bósnia, dois dos capítulos mais sangrentos do último quarto do século 20,
Neto de um ex-premiê egípcio assassinado, Boutros-Ghali nasceu em uma família cristã copta no Cairo em novembro de 1922. Formado pela Universidade do Cairo, onde lecionaria direito internacional, o diplomata egípcio tinha ainda doutorado no tema pela Universidade de Paris e estudou relações internacionais na Sicence Po.
Nos anos 70, sob o governo de Anuar Sadat (1970-81), trocaria a academia pela política, tendo servido como chanceler entre 1977 a 1991. Analistas o consideram uma figura-chave no processo de paz entre o Egito e Israel.
Boutros-Ghali chegaria à ONU em 1991, eleito secretário-geral, mas seu mandato foi repleto de controvérsias, especialmente envolvendo o genocídio em Ruanda.
O fracasso da ONU em frear a matança de tutsis e hutus moderados no país e a oposição dos EUA a seu nome, por causa de sua recusa a apoiar os bombardeios da Otan (aliança militar ocidental) na Bósnia, acabaram levando-o a ser o único secretários-gerais da ONU que não conseguiu se reeleger. O ganês Kofi Annan o sucedeu, mantendo-se no cargo até 2006.

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