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Avanço de casos de microcefalia 'não justifica defender aborto', diz CNBB

NATÁLIA CANCIAN BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) fez críticas nesta quinta-feira (4) à proposta de aborto para os casos de microcefalia e disse que o alerta das organizações de saúde devido à suspeita de liga

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.02.2016, 17:44:42 Editado em 27.04.2020, 19:53:11
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NATÁLIA CANCIAN
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) fez críticas nesta quinta-feira (4) à proposta de aborto para os casos de microcefalia e disse que o alerta das organizações de saúde devido à suspeita de ligação com o vírus da zika "não justifica" defender a medida.
Na última semana, grupos que defendem o direito das mulheres em optar pelo aborto anunciaram que pretendem levar o tema ao STF (Supremo Tribunal Federal). Para a entidade católica, porém, a proposta é "um total desrespeito à vida".
Em nota, a CNBB lembra que o aumento inesperado de casos de bebês com microcefalia no país, condição marcada pela má-formação do cérebro, levou a Organização Mundial de Saúde a declarar situação de emergência mundial em saúde pública.
"O estado de alerta, contudo, não deve nos levar ao pânico, como se estivéssemos diante de uma situação invencível, apesar de sua extrema gravidade. Tampouco justifica defender o aborto para os casos de microcefalia", afirma.
O presidente da conferência e arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha, afirma que a discussão sobre o aborto deve ser um dos pontos a serem abordados em um encontro marcado para a tarde desta quinta com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para discutir ações conjuntas de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya.
"Lamentamos muito que alguns julguem que a solução para a problemática do vírus zika seja o aborto de pessoas com microcefalia. Isso é muito sério porque é um desrespeito muito grande ao dom da vida, e um desrespeito às pessoas que apresentam alguma limitação maior", afirmou Rocha.
Para ele, defender o aborto nestes casos é "dizer que não tem direito à vida quem apresenta uma limitação de saúde física ou intelectual".
"Quando alguém diz que uma criança que tem microcefalia deve ser abortada, efetivamente diz que não tem direito a viver porque não vai ter qualidade de vida. Precisa ter cuidado, porque há muitas pessoas com qualidade de vida limitada, pessoas com idade mais avançada, um morador de rua, um presidiário. E nem por isso vai tirar a vida dele", alega.
COMBATE AO AEDES
Na mensagem distribuída nesta quinta, a CNBB também defende que as igrejas "continuem e intensifiquem a mobilização no combate ao Aedes aegypti", por meio de "um grande mutirão com todos os setores da sociedade".
A Conferência também diz que a assistência às crianças com microcefalia e a saúde "deve ser assegurada, em primeiro lugar, pelos gestores públicos" e faz críticas ao que chama de "vergonhosa" realidade do saneamento básico no país.
"Sem uma eficaz política nacional de saneamento, fica comprometido todo o esforço de combate ao Aedes aegypti", diz a nota.
No documento, a CNBB pede ainda que missas, encontros e reuniões deem informações "que ajudem as pessoas a tomarem consciência da gravidade da situação e da melhor forma de combater as doenças e seu transmissor".

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