SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo da Síria autorizou um novo comboio de ajuda humanitária a Madaya e a outros dois vilarejos sitiados no país, anunciou as Nações Unidas nesta segunda (1).
O primeiro comboio de ajuda humanitária chegou às cidades em 11 de janeiro, levando arroz, vegetais, óleo, farinha açúcar e sal, após notícias de que a população local estava morrendo de inanição. Não há previsão de data para o novo comboio.
Dominadas por rebeldes contrários ao ditador Bashar al-Assad, Madaya, Fua e Kafraya tiveram seu abastecimento de comida e remédios cortado por semanas. Entre dezembro e 11 de janeiro, ao menos 30 pessoas morreram de fome em Madaya, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras. Desde então, mesmo com a chegada do primeiro comboio de ajuda humanitária, outros 16 habitantes morreram de inanição.
Segundo a ONU, também serão solicitadas ao governo sírio autorizações para que médicos e nutricionistas possam assistir a população local.
LENTA NEGOCIAÇÃO PARA A PAZ
Nesta segunda (1), teve início uma nova tentativa de negociação, mediada pela ONU, para o fim da guerra civil na Síria.
As Nações Unidas estimam que levará ao menos seis meses para que as partes cheguem a um cessar-fogo e ainda mais tempo para uma solução política. O conflito na Síria já deixou mais de 250 mil mortos e obrigou 10 milhões de pessoas a abandonarem suas casas.
Apesar disso, os confrontos continuam no país. Nesta segunda (1), forças de Assad, com apoio da Força Aérea da Rússia, tomaram uma região vizinha à cidade de Aleppo, bloqueando uma importante rota de abastecimento dos rebeldes, de acordo com a organização Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Representantes da oposição disseram que sua participação nas negociações em Genebra dependem do fim dos ataques aéreos do governo contra forças rebeldes, o fim do estado de sítio de cidades e a libertação de prisioneiros.
"Estaremos aqui por alguns dias. Para deixar claro: só por alguns dias. Se não houver progresso em campo, nós iremos embora...Não estamos aqui para negociações, estamos aqui para testar as intenções do governo", disse Monzer Makhous, do HNC (High Negotiations Committee, Comitê de Negociações de Alto Nível, bloco de grupos de oposição apoiado pela Arábia Saudita e coordenado por Riad Hijab, ex-primeiro ministro sírio).
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.02.2016, 22:50:57 Editado em 27.04.2020, 19:53:16
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