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Zika pode atingir até 4 milhões de pessoas nas Américas, prevê OMS

BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A OMS (Organização Mundial da Saúde) disse nesta quinta-feira (28) que o vírus zika poderá atingir de três a quatro milhões de pessoas nas Américas. No Brasil, a estimativa é que 1,5 milhão de pessoas sejam af

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.01.2016, 14:54:21 Editado em 27.04.2020, 19:53:21
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BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A OMS (Organização Mundial da Saúde) disse nesta quinta-feira (28) que o vírus zika poderá atingir de três a quatro milhões de pessoas nas Américas.
No Brasil, a estimativa é que 1,5 milhão de pessoas sejam afetadas. Projeção semelhante já foi apresentada pelo Ministério da Saúde.
O diretor do departamento de doenças transmissíveis da Opas/OMS (Organização Pan-Americana de Saúde), Marcos Espinal, afirmou ainda que o zika pode se espalhar para fora das Américas.
Segundo Espinal, o vírus deve chegar a todos os países onde há a presença do mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue e chikungunya. "O zika irá onde o mosquito estiver", afirmou, durante encontro da OMS, em Genebra.
Hoje, 23 países das Américas já confirmam casos autóctones (adquiridos no local) de zika. "A população das Américas nunca tinha sido exposta ao vírus, e por isso não tinha imunidade", afirma. Ao mostrar os países onde há transmissão de dengue, o diretor afirmou: "Esse é o mesmo mapa da zika".
O diretor afirma ainda que não há como comparar o caso atual com o ebola. "[O zika] não é como o ebola. Ele precisa de um vetor. Se controlar esse vetor, é possível controlar a doença", disse.
Espinal lembra ainda que o vírus zika é difícil de ser identificado, uma vez que não há ampla oferta de testes.
Ao citar um breve histórico do avanço do zika, Espinal citou o aumento de casos de microcefalia na região Nordeste do Brasil. Ele defende que, apesar de haver evidências da associação entre o zika e a microcefalia, é preciso mais provas para confirmar a causa do aumento de casos da má-formação. "Não sabemos ainda qual o risco das mulheres em ter um criança com microcefalia", disse.
Segundo Espinal, ações devem ser tomadas pelos governos não apenas na área da saúde, mas com participação de gestores da educação e meio ambiente, por exemplo.
ALERTA
No mesmo encontro, a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, disse que a epidemia do vírus zika se propaga "de maneira explosiva" nas Américas.
O órgão deve convocar uma reunião do comitê de emergência em 1º de fevereiro. "Atualmente, casos foram notificados em 23 países e territórios na região. O nível de alerta é extremamente alto", disse Chan.
A organização está particularmente preocupada com "uma potencial disseminação internacional".
A OMS teme uma "associação provável da infecção com má formação congênita e síndromes neurológicas", mas também "a falta de imunidade entre a população nas regiões infectadas" e a "falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápidos".
Segundo Chan, "a situação decorrente do El Niño [fenômeno climático particularmente poderoso desde 2015] deve fazer aumentar o número de mosquitos este ano".
Como a dengue e o chikungunya, o vírus zika, cujo nome vem de uma floresta de Uganda onde foi identificado pela primeira vez em 1947, é transmitido através da picada do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus (mosquito tigre).
Na América Latina, o país mais afetado pelo zika é o Brasil.
O vírus é apontado como possível causa de 3.448 casos suspeitos de microcefalia (má-formação cerebral) em bebês no país, além de outros 270 confirmados. Deverá atingir quase todo o continente americano, conforme alerta da OMS.
Além dos Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a Alemanha, o Canadá, a Austrália e o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças já emitiram alertas para que gestantes evitem viajar ao Brasil em razão do risco de exposição ao vírus zika.

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