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Haddad diz que taxistas desaparecerão se Uber não for regulamentado em SP

FELIPE SOUZA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta quinta-feira (28) que os taxistas "vão desaparecer pela concorrência predatória" se eles não aceitarem a regulamentação do aplicativo Uber na ci

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.01.2016, 11:37:18 Editado em 27.04.2020, 19:53:22
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FELIPE SOUZA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta quinta-feira (28) que os taxistas "vão desaparecer pela concorrência predatória" se eles não aceitarem a regulamentação do aplicativo Uber na cidade.
O prefeito afirmou ter dito isso em diversas reuniões com representantes da categoria para explicar a dificuldade de fiscalizar algo que não é regulamentado. "Quando o transporte coletivo era clandestino, você tinha pontos de parada [para fiscalizar], mas uma nuvem é difícil. Se existe a possibilidade dessa empresa de regular, então vamos fazer isso", disse o prefeito.
Haddad afirmou que, nos 30 dias de consulta pública sobre a regulamentação do aplicativo, mais de 5.000 sugestões foram feitas para mudar o projeto da prefeitura (veja abaixo). "Muitas delas foram bem-vindas e poucas mudanças sugeridas. Esse debate é muito bom para que a gente ouça mais a população. A Câmara Municipal entende que a prerrogativa da palavra final é dela, mas, independente disso, é preciso ter um projeto robusto que faça sentido para os interessados e para o cidadão."
O prefeito afirmou que não está em discussão a existência do táxi, mas sim um debate sobre as melhorias no transporte público e na mobilidade urbana. "Quem explora regularmente a malha viária tem de começar por esse tipo de regulação. Nós temos 1,2 passageiro por carro em São Paulo. Se você aumenta esse número para 1,7, você reduz 30% da frota. Essa tecnologia [Uber] vai permitir isso. Você regular a utilização do espaço viário com inteligência", afirmou.
Durante evento na FGV (Fundação Getúlio Vargas), Haddad ainda citou as obras de ampliação da marginal Tietê, feitas na gestão Gilberto Kassab (PSD), como um mau exemplo de investimento em mobilidade. "Criamos duas faixas de rolamento, tiramos árvores e hoje o trânsito é 80% pior. Não faz sentido fazer mais isso."
O Uber começou a funcionar também na cidade de Campinas (a 93 km de São Paulo) nesta quinta-feira (27). Este é o sexto município brasileiro em que é possível usar o aplicativo que liga passageiros a motoristas particulares.
Os sindicatos dos taxistas são contra o Uber e já fizeram diversas manifestações em São Paulo contra a regulamentação do aplicativo. Na última, eles fecharam o acesso ao aeroporto de Congonhas (zona sul).
PROJETO DE HADDAD
O prefeito de Fernando Haddad (PT) pretende enquadrar o Uber em um esquema nos quais os motoristas possam se regularizar mediante pagamento de valores flexíveis aos cofres municipais.
Seu valor deve variar de acordo com quatro parâmetros: horário em que a viagem é feita, local de embarque, distância percorrida e compartilhamento do carro por dois ou mais usuários no trajeto.
O aceno da gestão Haddad é a segunda tentativa, em menos de três meses, de enquadrar esse tipo de serviço, que é alvo de protesto de taxistas. Em outubro, a prefeitura anunciou um novo sistema de táxis, inspirado no Uber, batizado de "Táxi Preto", que previa carros de alto padrão acionados por aplicativo.
O Uber, porém, disse não se enquadrar naquela proposta (que depende de alvarás concedidos pelo município, inicialmente limitados a 5.000) e seguiu operando de maneira clandestina. A prefeitura criou, então, um grupo de trabalho responsável pelo novo projeto, que receberá sugestões com a abertura da consulta pública.

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