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Missão da ONU tornará 'irreversível' processo de paz com as Farc, diz Santos

ISABEL FLECK, ENVIADA ESPECIAL QUITO, EQUADOR (FOLHAPRESS) - A missão da ONU, operada por países da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), para o monitoramento do cessar-fogo entre o governo da Colômbia e as Farc tornará "irreversí

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.01.2016, 20:36:33 Editado em 27.04.2020, 19:53:22
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ISABEL FLECK, ENVIADA ESPECIAL
QUITO, EQUADOR (FOLHAPRESS) - A missão da ONU, operada por países da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), para o monitoramento do cessar-fogo entre o governo da Colômbia e as Farc tornará "irreversível" o processo de paz, segundo o presidente colombiano, Juan Manuel Santos.
Em declaração à imprensa durante a cúpula de chefes de Estado do bloco, em Mitad del Mundo, nos arredores de Quito, Santos disse que a aprovação da missão pelo Conselho de Segurança da ONU, na última segunda (25), fará "acelerar todo o processo".
"O pedido [sobre a missão] foi aprovado em tempo recorde por unanimidade no Conselho de Segurança, e é um passo importantíssimo que torna irreversível este processo de paz", disse o colombiano.
Segundo Santos, todos os países da Celac estiveram "totalmente de acordo e dispostos a participar" da missão. A convocação e o recrutamento serão feitos pela ONU.
"São as Nações Unidas que escolherão [os integrantes da missão], de acordo com a sua experiência, com seu conhecimento e com as ofertas que recebem -que, segundo me disse a ONU, já foram muitas", disse. "Muitos estão interessados em participar."
Santos aproveitou a cúpula para agradecer a disposição dos países da Celac, que segundo ele, será a "fonte do pessoal que será preciso para cumprir com essa responsabilidade".
"Hoje estamos dando aqui um passo muito importante adicional na busca da paz, no fim da guerra na Colômbia. Essa paz vai beneficiar todo o continente."
Em nota divulgada pelo Itamaraty nesta quarta (27), o governo brasileiro reforçou sua "disposição de contribuir" com a missão e seu apoio aos esforços colombianos para a "conclusão e plena implementação do acordo final".
Em outubro passado, em visita à Colômbia, Dilma já havia mencionado a possibilidade de ajuda no trabalho de identificação e destruição de minas terrestres instaladas ao longo do confronto, que dura mais de 50 anos, além de contribuição em programas de agricultura familiar e merenda escolar.
Mais cedo, o anfitrião da cúpula, o presidente equatoriano, Rafael Correa, disse que o bloco apoia Santos "com todo o coração" na busca da paz definitiva para a Colômbia.
"Entregamos uma Celac com toda a capacidade de apoiar a verificação do acordo do cessar-fogo e de entrega de armas na Colômbia", disse.
REUNIÃO ESVAZIADA
Apenas 14 dos 33 países-membros estiveram representados na cúpula por chefes de Estado ou de governo. Entre as ausências, estão o presidente da Argentina, Mauricio Macri, e o ditador cubano, Raúl Castro, que não viajaram a Quito -com altitude de mais de 2.800 m; por orientação médica.
O presidente haitiano, Michel Martelly, que passa por grave crise interna que levou ao adiamento do segundo turno das eleições, foi representado pelo chanceler, Lener Renauld.
A presidente Dilma Rousseff participou do início da reunião, mas deixou a cúpula antes mesmo do almoço e sem discursar.
Na abertura, o presidente Correa lamentou não ter conseguido consenso para definir metas numéricas de desenvolvimento para a chamada Agenda 2020 da Celac.
"Lamentavelmente, por falta de consenso e diferentes visões sobre a Celac -que, pessoalmente, não considero excludentes-, não pudemos estabelecer metas quantificáveis", disse.
A definição de metas para a "Agenda 2020" foi vista com cautela por grande parte dos membros da Celac, como o Brasil, que consideram o bloco mais um espaço de concertação política e construção de consensos do que um fórum de planejamento da região.
Além disso, a ONU estabeleceu, em 2015, os objetivos de desenvolvimento sustentável para todos os países-membros -que incluem os 33 países da Celac.

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