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Tremores em Londrina são de origem natural e poderão persistir, diz laudo

MARCELO TOLEDO RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Os tremores de terra registrados em Londrina (PR) desde dezembro têm sido causados por 'origem natural' e poderão persistir. A conclusão integra o segundo relatório técnico produzido pelo Centro de Sismolo

Da Redação

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Rachadura em parede de imóvel em Londrina após tremor - Foto - Reprodução/Bonde
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Rachadura em parede de imóvel em Londrina após tremor - Foto - Reprodução/Bonde
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.01.2016, 13:18:00 Editado em 27.04.2020, 19:53:25
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MARCELO TOLEDO
RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Os tremores de terra registrados em Londrina (PR) desde dezembro têm sido causados por 'origem natural' e poderão persistir.

A conclusão integra o segundo relatório técnico produzido pelo Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo), que estuda o fenômeno na cidade paranaense em parceria com a UEL (Universidade Estadual de Londrina).

Desde 14 de dezembro, a cidade já teve o registro de 11 microtremores de terra, com magnitude de 1,1 a 1,9 grau na escala Richter, nos bairros Califórnia (a maioria) e São Fernando.

O último deles foi na quinta-feira (21), que gerou a evacuação do Fórum local. Os tremores foram registrados a uma profundidade máxima de 250 m e podem persistir.

Conforme o relatório técnico, os estrondos ouvidos e sentidos por moradores de Londrina são de fato pequenos tremores de terra, com foco na camada de rocha basáltica e de origem natural.

"Os tremores são causados pelo deslocamento repentino, de apenas alguns milímetros, de bloco de rocha ao longo de fraturas geológicas", diz trecho do documento.

O relatório aponta que, independentemente de serem pequenos ou grandes, os tremores são imprevisíveis, "e não há como saber até quando esta atividade continuará ocorrendo ou se vai diminuir, pois não há como prever a evolução dos tremores". Também não é possível saber se algum terremoto de magnitude superior aos registrados até agora poderá ocorrer.

O geólogo José Paulo Pinese, docente da UEL que estuda os tremores, disse nesta terça-feira (26) que foram verificados alguns problemas na rocha e que, em um prazo de 15 dias, os pesquisadores devem ter um cenário mais claro do caminho a ser seguido.

"Como a população ficou com trauma e está estressada com a situação, os trabalhos vão continuar", afirmou. Com isso, os quatro sismógrafos instalados pela USP na cidade para acompanhar os tremores seguirão operando por mais algumas semanas, para aprofundar os estudos.

No dia do último tremor, moradores do Jardim Califórnia fecharam uma avenida para protestar contra a falta de respostas para os fenômenos.

COMUNS
Ainda conforme a universidade, pequenos tremores de terra como esses não são raros no país e podem ocorrer em qualquer lugar. Neste ano, o Brasil teve ao menos 21 tremores, conforme dados do Centro de Sismologia -cinco deles na região da fronteira com o Peru, de magnitudes variando de 3,8 a 4,5 graus na escala Richter.

Houve, ainda, registros em Estados como Pará, Ceará, São Paulo, Mato Grosso e Bahia.

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