MARCELO NINIO
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - A capital norte-americana começou a semana em ritmo de feriado forçado. Depois de uma das maiores nevascas dos últimos anos, Washington ainda está semi-paralisada pela neve, com o transporte público funcionando precariamente e muita neve acumulada nas ruas.
"A tempestade foi muito pior do que eu esperava, mas acabou sendo muito divertido. E para nossa sorte, não faltou luz", disse Ursula, consultora de uma organização internacional, enquanto passeava com seu cachorro numa estreita trilha aberta na neve. Com o expediente suspenso, ela se preparava para voltar para casa "e para o pijama", como admitiu com um sorriso.
As aulas em escolas e universidades e escolas da região foram suspensas e as repartições federais não funcionarão nesta segunda (25), com exceção da Suprema Corte. A nevasca mexeu com o calendário político, levando ao adiamento das votações no Congresso marcadas para a semana e alterando a campanha dos pré-candidatos à Casa Branca. Seguindo as recomendações do governo norte-americano, a embaixada do Brasil em Washington também permanece fechada nesta segunda.
Enquanto a maioria evita sair de casa, alguns vieram de longe para testemunhar a nevasca. Foi o caso do turista brasileiro Jakes Mendes, 47, que partiu de Miami com a mulher e as duas filhas na quarta-feira passada determinado a chegar à congelada capital norte-americana.
Na última parada, na cidade de Florence, na Carolina do Sul, a recepcionista do hotel ainda tentou demovê-los de pegar a estrada rumo ao norte, mas o empresário não desistiu. Ao chegar a Washington, na noite de domingo, a família se espantou com a paisagem tomada pela neve. "Viemos devagar e com cuidado. Não queria perder isso", disse Mendes, empresário residente no Rio de Janeiro.
Com muitas ruas ainda bloqueadas pela neve, a família se preparava para percorrer os monumentos de Washington a pé. Nas ruas da capital, um batalhão de limpadores de neve trabalhavam duro para liberar as calçadas e ruas, mas diante do grande volume de neve acumulada nas 36 horas de nevasca, o serviço deve levar alguns dias para ser concluído.
Para decepção de muitos, a tempestade não bateu o recorde de 1922, quando a capital norte-americana foi coberta por 71 centímetros de neve. Mas com um volume médio de 50 centímetros, a nevasca já está entre as três maiores enfrentadas por Washington na história recente.
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.01.2016, 14:42:16 Editado em 27.04.2020, 19:53:26
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