SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia de Colônia anunciou nesta segunda-feira (18) que prendeu um homem argelino de 26 anos que é o primeiro suspeito de ter cometido um crime sexual durante as festas de Ano-Novo na cidade alemã.
O suspeito, que havia pedido asilo político na Alemanha, foi preso durante o fim de semana em uma residência para refugiados em Kerpen, perto de Colônia. Ele á acusado de tatear uma mulher para roubar seu celular.
Segundo o porta-voz da Promotoria, Ulrich Bremer, outros dois argelinos solicitantes de asilo, de 22 e 24 anos, foram presos em Kerpen e em Aarchen, no oeste alemão, também suspeitos de por roubo durante a celebração.
Com eles, foram apreendidos dois telefones celulares roubados. Agora, chegou a 21 o número de detidos pela polícia de Colônia que teriam relação com a onda de violência da virada do ano.
Oito deles tiveram suas prisões temporárias convertidas em prisões preventivas. Três semanas após o arrastão, foram feitas 766 denúncias de crimes durante a virada, incluindo 381 de abuso sexual e três de estupro.
Vítimas e testemunhas afirmam que os crimes foram cometidos por um grupo de homens originários do Oriente Médio e do norte da África. A maioria dos presos devido aos casos vêm destas regiões.
XENOFOBIA
A violência do Ano-Novo levou a protestos de nacionalistas e da extrema-direita contra a chegada dos estrangeiros ao país. No ano passado, a Alemanha recebeu um recorde de 1,1 milhão de solicitações de asilo e refúgio.
Como resposta, a chanceler Angela Merkel enviou ao Parlamento um projeto que facilita a deportação de refugiados e imigrantes que cometerem crimes graves, como estupro e homicídio.
Nesta segunda, a União Democrática Cristã, partido de Merkel, concordou em incluir Argélia, Marrocos e Tunísia na lista de países considerados seguros, diminuindo as chances de seus cidadãos de receberem asilo ou refúgio.
A maioria dos refugiados vem do Norte da África e do Oriente Médio, mesmas regiões de origem dos suspeitos da onda de crimes de Colônia. Nos últimos dias, houve protestos em diversas partes do país contra os refugiados.
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.01.2016, 18:39:22 Editado em 27.04.2020, 19:53:36
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