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Bombeiros combatem fogo em Guarujá há quase 40 horas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os bombeiros trabalham há quase 40 horas no combate ao fogo que atinge os contêineres no terminal portuário da empresa Localfrio, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Por volta das 6h deste sábado (16), ainda havia fogo e fuma

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.01.2016, 08:24:50 Editado em 27.04.2020, 19:53:39
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os bombeiros trabalham há quase 40 horas no combate ao fogo que atinge os contêineres no terminal portuário da empresa Localfrio, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Por volta das 6h deste sábado (16), ainda havia fogo e fumaça no local, segundo o Corpo de Bombeiros.
Ao menos 14 carros e 42 homens do Corpo de Bombeiros permanecem no terminal. Na madrugada, os bombeiros se concentraram em abrir os contêineres para extinguir o fogo. Não há previsão para término do trabalho no depósito que armazena vários tipos de produtos.
A população que vive próximo ao pátio da empresa, onde aconteceu o acidente, começou a voltar para casa na sexta (15), seguindo recomendação da prefeitura.
Mas a nuvem tóxica continua na cidade do litoral sul paulista e se alastrou para ao menos outros três municípios: Santos, São Vicente e Cubatão.
O vazamento aconteceu na tarde de quinta-feira (14). A substância dicloroisocianurato de sódio, que estava armazenada em formato granulado e em pequenos pacotes dentro de um contêiner da Localfrio, entrou em contato com a água, liberando grandes quantidades de fumaça tóxica, que provocaram fogo.
Segundo o tenente do Corpo dos Bombeiros Rafael Marques, o incêndio foi controlado, mas não extinto. Até a tarde de sexta, ainda havia fogo em 14 contêineres. Terminais vizinhos ao da empresa paralisaram as atividades, e dezenas de caminhões ficaram estacionados.
Por volta das 10h, a promotora de vendas Rosângela dos Santos, 52, chegou a se sentir mal quando passou em frente ao terminal da Localfrio, e só ficou melhor quando chegou a Santos.
Já a moradora Alice dos Santos Dias optou por proteger o rosto com uma máscara enquanto aguardava por um ônibus. "A rotina está normal, os ônibus estão passando, mas esse cheiro de piscina incomoda muito", disse.
O comércio ficou vazio no local. O vendedor Durval Estevão relatou ter tido "movimento zero" ao longo do dia. Na quinta, ele fechou o estabelecimento mais cedo e retirou a família da região.
Em uma Unidade de Pronto Atendimento próxima à rodoviária, mais de cinquenta pessoas aguardavam por uma consulta, e o período de espera ultrapassava uma hora.
A dona de casa Flávia dos Santos foi ao local porque estava com incômodos na garganta e no nariz, além de dores de cabeça. "Moro próximo e vim ver se não terei maiores problemas. A gente não sabe as substâncias envolvidas, fica apavorada".
Segundo especialistas, como a fumaça se dispersou ao ar livre, os potenciais danos à saúde são menores.
Os locais de maior concentração de fumaça variam de acordo com o vento, que embora fraco muda bastante de direção. Os acessos ao município estão todos liberados e não há bloqueios de avenidas, mas dezenas de caminhões estão estacionados no acesso aos terminais, devido à paralisação das empresas.
Mas nem todos sofreram com a fumaça. Nesta sexta, banhistas aproveitavam o mar, apesar da chuva que caiu ao longo da tarde.
Parte do comércio funcionou normalmente, sobretudo os mais próximos às praias centrais, como Pitangueiras e Enseada, que ficam a mais de 5 km do pátio de cargas e não foram impactadas, de acordo com a Cetesb.
"As nuvens e o cheiro não passaram por aqui. As pessoas nem comentam", diz Rosemeire Vicenza, funcionária de um restaurante local.
Há pouco movimento na região do acidente, pois é feriado municipal em Guarujá -dia de homenagem ao Santo Amaro, padroeiro da Cidade.
OUTRAS CIDADES
Em Santos, não havia mais fumaça nem o odor provocado pelos incêndios. A cidade sofreu mais na tarde e na noite desta quinta (14), quando dezenas de pessoas chegaram a ir para as unidades de saúde em busca de atendimento.
Em Cubatão, a prefeitura informou nesta sexta que 18 pessoas foram atendidas em unidades de saúde do município.
A reportagem também procurou a Prefeitura de Praia Grande, que informou não ter havido registro de fumaça na cidade.
AUXÍLIO
De acordo com o gerente da agência da Cetesb em Santos, Enedir Rodrigues, uma unidade móvel da companhia foi enviada de São Paulo para auxiliar nos trabalhos de monitoramento da qualidade do ar.
Ele também disse que em análise visual preliminar não constatou anormalidades no estuário de Santos. No entanto, exames mais minuciosos serão feitos nos próximos dias para confirmar se há danos ambientais causados pela emissão da fumaça e o contato da mesma com a água.

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