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Entidades protestam contra indicação de ex-diretor de manicômio na Saúde

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Representantes de entidades a favor da reforma psiquiátrica fizeram novos protestos nesta quinta-feira (14) em frente à sede do Ministério da Saúde, em Brasília, contra a nomeação de um ex-diretor de manicômio para a Coordenaçã

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.01.2016, 18:42:08 Editado em 27.04.2020, 19:53:40
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Representantes de entidades a favor da reforma psiquiátrica fizeram novos protestos nesta quinta-feira (14) em frente à sede do Ministério da Saúde, em Brasília, contra a nomeação de um ex-diretor de manicômio para a Coordenação Nacional de Saúde Mental.
Por volta das 15h, o grupo ocupou a rua em frente à sede do ministério e parte da entrada do edifício, aos gritos de "doutor, não me engano, o manicômio é desumano". Em seguida, manifestantes saíram em passeata até um prédio anexo onde fica a coordenação de Saúde Mental.
A organização e a Polícia Militar estimaram a presença de 800 pessoas no local desde o início da manhã. A chuva, porém, dispersou parte dos manifestantes.
A escolha do psiquiatra Valencius Wurch Duarte Filho para o cargo foi feita em dezembro pelo ministro Marcelo Castro, que assumiu a pasta dois meses antes. Desde então, a indicação vem sendo alvo de protestos. Um grupo de manifestantes ocupa parte do edifício da coordenação há um mês.
O novo coordenador foi diretor técnico da Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi, o maior hospital psiquiátrico privado da América Latina, fechado em 2012 após longo processo na Justiça. Nos anos 2000, o hospital também foi alvo de denúncias de violações aos direitos humanos, como prática sistemática de eletroconvulsoterapia e alimentação insuficiente.
"Uma luta de 30 anos não pode pagar o preço por uma escolha pessoal", afirmou a secretária-executiva do Renila (Rede Nacional da Luta Antimanicomial), Alyne Alvarez. "É uma sinalização de um retrocesso", disse Elisa Zaneratto Rosa, do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, uma das entidades presentes no local.
Procurado, o Ministério da Saúde disse que a escolha foi técnica e ocorreu para "reforçar" a atual política de saúde mental. O ministro também já declarou que não pretende rever a decisão.
Segundo Castro, a pasta deve fazer um balanço das ações adotadas na área de saúde mental desde que entrou em vigor, em 2001, a lei da reforma psiquiátrica - que prevê o atendimento ambulatorial em Caps (centros de atenção psicossocial) em detrimento dos hospitais psiquiátricos. A ideia, de acordo com o ministro, é verificar se há necessidade de possíveis ajustes na política.

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