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Chuvas interditam 18 estradas no PR e dificultam transporte no interior

WILHAN SANTIN LONDRINA, PR (FOLHAPRESS) - As chuvas que caem sobre o Paraná causaram a interdição (total ou parcial) de ao menos 18 estradas e dificulta nesta terça-feira (12) o transporte terrestre da região norte do Estado com Curitiba e com São Paulo.

Da Redação

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Represa transbordou em Apucarana, na região Norte do Paraná - Foto: Sérgio Rodrigo/Tribuna do Norte
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Represa transbordou em Apucarana, na região Norte do Paraná - Foto: Sérgio Rodrigo/Tribuna do Norte
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.01.2016, 15:07:00 Editado em 27.04.2020, 19:53:43
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WILHAN SANTIN
LONDRINA, PR (FOLHAPRESS) - As chuvas que caem sobre o Paraná causaram a interdição (total ou parcial) de ao menos 18 estradas e dificulta nesta terça-feira (12) o transporte terrestre da região norte do Estado com Curitiba e com São Paulo.

Uma pessoa está desaparecida. É o motorista de um ônibus que foi arrastado pela correnteza no fim da tarde desta segunda (11) numa estrada da área rural de Rolândia (a 408 km de Curitiba).

Ao todo, há 16 rodovias completamente interditadas --11 estaduais e cinco federais. Outras duas estradas do Estado estão interditadas parcialmente. Uma das que estão fechadas é a BR-369, principal ligação rodoviária entre a região norte do PR e o Estado de São Paulo.

Outras rodovias interditadas são a BR-153 e BR-376. Com isso, a viagem entre Londrina, maior cidade do interior do Estado, e Curitiba está demorando, no mínimo, nove horas --geralmente é feita em cinco horas. Isso porque a PR-445, que leva de Londrina à BR-376, está totalmente interditada em pelo menos cinco pontos, devido a transbordamentos de rios e lama na pista.

Não há previsão de liberação da rodovia. "Acabamos de interditar mais um ponto. Não sabemos quando poderemos liberar o fluxo. A situação pode até piorar", informou o soldado Fábio Alberto, da Polícia Rodoviária Estadual.

Como não é possível trafegar pela PR-445, os motoristas têm que fazer um desvio pelo município de Arapongas, passando por dentro da área urbana de Londrina e de Rolândia.

BUSCAS
Em Rolândia, o Corpo de Bombeiros faz buscas para encontrar o motorista Odair José, 35. Ele dirigia o ônibus de uma indústria de couros e não conseguiu deixar o veículo depois que as águas do rio Bandeirantes invadiram a pista. Ele não transportava passageiros.

A Defesa Civil estadual informou que 376 pessoas estão desalojadas e 30 desabrigadas em 20 municípios paranaenses.

Segundo o meteorologista Reinaldo Kneib, do Instituto Tecnológico Simepar, Londrina é a cidade do Paraná na qual se registrou o maior volume de chuvas. Somente ontem, choveu 274 milímetros na cidade. A médica histórica para todo o mês de janeiro é de 219 milímetros. O acumulado do mês já está em 410 milímetros.

Nesta terça, continua chovendo na região, mas em volume menor. A previsão é de 40 milímetros para o dia todo. Na quarta (13), a previsão é de sol com pancadas esparsas de chuvas.

Segundo Kneib, a tempestade se deve, em parte, ao fenômeno El Niño. "Registramos sobre a região norte do Paraná umidade e calor da Amazônia se deslocando para o Sul do país. Foi um evento extremo e atípico, que não deve se repetir nos próximos anos", disse.

A Duke Energy, empresa que controla usinas hidrelétricas no rio Paranapanema e o fluxo de afluentes que estão no Paraná, registrou, no rio Tibagi --o principal do norte do Estado--, vazão de 6.800 metros cúbicos por segundo. A média histórica desse rio é de 400 metros cúbicos por segundo.

No rio das Cinzas, que causa interdições em diversas rodovias, a vazão momentânea é de 1.500 metros cúbicos por segundo, contra uma média histórica de aproximadamente 300 milímetros por segundo.

MATO GROSSO DO SUL

Em Mato Grosso do Sul, cerca de 67 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. São 25 cidades em estado de emergência, incluindo a capital Campo Grande.

Em Taquarussu (a 329 km de Campo Grande), famílias que vivem na zona rural estavam isoladas por acesso terrestre até esta terça. O governo estadual prepara cem cestas básicas, água potável e kits de higiene, que devem ser enviados até a manhã de quarta.

Foi cogitada pelo governo estadual a possibilidade de enviar os mantimentos de avião, mas já é possível acessar a colônia por via terrestre, com o auxílio de tratores.

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