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Obama anuncia controle mais rígido para venda de armas nos EUA

MARCELO NINIO WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Com lágrimas nos olhos ao lembrar de massacres recentes no país, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça (5) um pacote de medidas para aumentar o controle de armas de fogo. Entre el

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.01.2016, 16:33:08 Editado em 27.04.2020, 19:53:52
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MARCELO NINIO
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Com lágrimas nos olhos ao lembrar de massacres recentes no país, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça (5) um pacote de medidas para aumentar o controle de armas de fogo. Entre elas, checagens mais rigorosas dos antecedentes de quem compra armas e a exigência de licenças de todos os que as vendem.
Sem apoio do Congresso, controlado pela oposição republicana, Obama recorreu a seu poder como presidente para apresentar as medidas em ordens executivas, que não passam pelo Legislativo.
O fracasso em aprovar leis mais rígidas de controle de armas é uma dos grandes frustrações de Obama, que entra em seu último ano na Casa Branca colocando urgência numa discussão altamente politizada.
O presidente ressaltou seu espanto com a dificuldade em aprovar medias "de bom senso" no Congresso, devido à resistência da oposição republicana.
"Como isso se tornou um tema tão partidário?", indagou o presidente, citando antecessores republicanos, como Ronald Reagan e George W. Bush, que manifestaram apoio a um processo mais rigoroso de checagem dos compradores de armas. Já que não há o aval do Congresso, disse Obama, é dever do presidente deve agir dentro de suas atribuições. "Não podemos esperar."
Segundo a Casa Branca, mais de 100 mil pessoas morreram nos EUA em consequência de atos violentos com armas de fogo na última década, sem contar "centenas de milhares de suicídios e meio milhão de feridos". Obama se emocionou ao lembrar de massacres praticados por atiradores, especialmente o que deixou 28 mortos numa escola do estado de Connecticut (norte) em 2012, sendo 20 crianças.
"Toda vez que eu penso naquelas crianças eu fico com raiva", disse o presidente, após fazer uma pausa e secar as lágrimas com a mão.
Embora tenha reiterado que o ideal seria a aprovação de leis no Congresso, Obama afirmou que as medidas anunciadas poderão fechar algumas brechas hoje existentes nas regras para vendas de armas de fogo.
Entre elas, a exigência de checagens dos compradores e de licenças dos vendedores nos chamados "shows de armas", espécie de feiras realizadas ao redor do país em que o controle não é tão rigoroso como em lojas. O presidente afastou a crítica de muitos republicanos de que tais medidas contrariam o direito de portar armas previsto na segunda emenda da Constituição.
"Fui professor de direito constitucional, eu entendo um pouco disso", afirmou. "Acredito que podemos achar modos de reduzir a violência por armas que são consistentes com a segunda emenda".
O presidente orientou o governo a intensificar o investimento e apoio a pesquisa de tecnologias que tornem mais seguro o uso de armas de fogo. Um exemplo é a instalação nas armas de um dispositivo de identificação por meio da impressão digital, semelhante ao que é usado em smartphones.
"Se uma criança não é capaz de abrir um vidro de aspirina, podemos garantir que também não possa apertar o gatilho de um revólver", comparou.
Como era esperado, a oposição reagiu com fortes críticas às propostas do presidente e sua iniciativa do driblar o Congresso. Para o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, Obama atenta contra as liberdades básicas dos norte-americanos.
"Desde o primeiro dia, o presidente jamais respeitou o direito de possuir armas de forma legal e segura que nosso país valoriza desde a sua fundação", disse Ryan em um comunicado. "Em vez de se concentrar nos criminosos e terroristas, ele vai atrás dos cidadãos mais cumpridores das leis. Suas palavras e ações representam uma forma de intimidação que mina a liberdade".

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