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Samarco descumpre prazo de ajuda a Mariana (MG) e será multada

JOSÉ MARQUES BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - A mineradora Samarco descumpriu o prazo estabelecido em acordo com os Ministérios Públicos estadual e federal para depositar R$ 500 milhões para um fundo destinado a ajudar as vítimas do rompimento de uma ba

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.11.2015, 20:17:13 Editado em 27.04.2020, 19:54:43
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JOSÉ MARQUES
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - A mineradora Samarco descumpriu o prazo estabelecido em acordo com os Ministérios Públicos estadual e federal para depositar R$ 500 milhões para um fundo destinado a ajudar as vítimas do rompimento de uma barragem em Mariana (MG).
Nesta quinta (26), quando venceu o prazo, a Samarco havia depositado apenas parte do montante, R$ 208 milhões. Um dia depois, pediu aos promotores para adiar o pagamento do restante do valor para o dia 2 de dezembro, e terá de fazê-lo com o acréscimo de R$ 1,2 milhão de multa.
O acordo feito entre os Ministérios Públicos e a mineradora, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, previa o pagamento total de R$ 1 bilhão, dividido em duas parcelas.
A mineradora alega que um bloqueio judicial em sua conta, determinado pela Justiça de Mariana, impediu que o valor total fosse depositado.
As pendências da empresa começaram na quarta (25), quando um juiz entendeu que a Samarco havia "sumido" com R$ 292 milhões de suas contas e impedido, assim, um bloqueio judicial que pedia a destinação de R$ 300 milhões para reparação de danos causados pelo rompimento da barragem. O magistrado afirmou que foram encontrados apenas R$ 8 milhões nas contas da mineradora.
"Em outras palavras e em português claro: a requerida sumiu com o dinheiro, embora, em 31 de dezembro de 2014, tivesse em seu caixa mais de 2 bilhões de reais", disse o juiz em sua decisão.
Por isso, o magistrado pediu o bloqueio de títulos de crédito da mineradora que estavam sob custódia do Banco Central.
Já a Samarco diz que não sumiu com o dinheiro. A empresa afirmou, em nota, que a maior parte de seus clientes está fora do Brasil e que, de forma legal, recebe os recursos no exterior e depois os transfere para as contas locais. Ainda informa que, por causa do bloqueio do montante que nem sequer estava em sua conta, pediu a extensão do prazo.
A empresa disse que "não oculta nem nunca ocultou qualquer recurso financeiro, tendo seus balanços periodicamente publicados e auditados por empresas independentes".
O Ministério Público aceitou o adiamento, com a condicionante de que a multa seja paga.
O fundo foi anunciado no dia 11 de novembro, seis dias depois do acidente, em entrevista conjunta dos presidentes da Samarco (Ricardo Vescovi), da Vale (Murilo Ferreira) e da BHP (Andrew Mackenzie).

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