Cinco presos da segunda fase da Operação Publicano, que investiga um esquema de corrupção da Receita Estadual do Paraná, prestaram depoimento nesta quinta-feira (18). As informações são do G1.
Quatro auditores fiscais e um contador compareceram a sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Londrina, no norte do estado. Segundo o delegado do Gaeco, Alan Flore, o contador e dois auditores resolveram falar durante o depoimento. Outros dois auditores que compareceram pela manhã permaneceram em silêncio. Mais dois auditores serão ouvidos durante a tarde.
De acordo com Flore, algumas versões apresentadas são convergentes com as investigações. “Nós vamos analisar a versão que está sendo apresentada por cada um dos investigados, confrontando com as provas já coletadas ao longo da investigação. Mas nós acreditamos que algumas versões trazem novos detalhes sobre alguns fatos que eram desconhecidos”, diz o delegado.
Outros nove presos da segunda fase da operação ainda serão ouvidos. Na quarta-feira (17), 31 presos foram levados até o Gaeco para prestar depoimento. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), só um dos presos falou.
Os outros permaneceram em silêncio. Entre eles, está Luiz Abi Antoun, parente do governador Beto Richa (PSDB), apontado pela promotoria como um dos articuladores do esquema de corrupção na Receita Estadual. O advogado de Antoun, Antônio Carlos Mendes, não quis comentar o caso.
51 pessoas foram presas A segunda fase da Operação Publicano foi deflagrada no dia 10 de junho, em dez cidades do estado. A operação investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais da Receita Estadual. Até esta quinta-feira, 51 pessoas foram presas, e oito são consideradas foragidas.
A última pessoa presa foi o auditor fiscal Antônio Hércules. Ele, que estava foragido desde o dia 10 de junho, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e foi levado para o Hospital do Coração, em Londrina. Na unidade médica, ele recebeu voz de prisão. Hércules está internado na Unidade de Terapia Intensiva e, segundo a assessoria do hospital, o estado de saúde é considerado estável. De acordo com o Gaeco, o auditor será levado para a unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II) assim que receber alta. O advogado de Antônio Hércules não foi localizado pelo G1 para comentar o caso.
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