SÃO PAULO, SP, 5 de abril (Folhapress) - A oficialização do acordo entre as empresas BASF S/A e Raizen Combustíveis (antiga Shell) e os trabalhadores contaminados por substâncias químicas, em Paulínia (SP), está marcada para a próxima segunda-feira, no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.
Em reuniões e audiências anteriores, as partes concordaram com o pagamento de indenização de R$ 200 milhões por danos morais coletivos, de indenizações individuais proporcionais ao tempo de serviço e de plano de saúde a todos os ex-funcionários e dependentes. As informações são da Agência Brasil.
Deverão participar da audiência final de conciliação os representantes dos trabalhadores, contaminados entre as décadas de 1970 e 1980; das empresas; do sindicato dos Químicos Unificados; da Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq); o presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula; e a ministra relatora do processo, Delaíde Alves Miranda Arantes.
A antiga fábrica de Paulínia, produtora de agrotóxicos, ficou em atividade entre 1974 e 2002. A indústria contaminou o solo e as águas subterrâneas da região com produtos químicos como os pesticidas clorados Aldrin, Endrin e Dieldrin, compostos por substâncias cancerígenas.
No total, 1.068 pessoas, entre ex-trabalhadores e dependentes, fizeram parte do processo em que as empresas foram condenadas por exposição aos componentes tóxicos.
Escrito por Da Redação
Publicado em 05.04.2013, 16:32:00 Editado em 27.04.2020, 20:31:54
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