BRASÍLIA, DF, 30 de agosto (Folhapress) - Os militares terão um reajuste maior do que o concedido para a grande maioria dos servidores públicos do Executivo civil, Legislativo, Judiciário e Ministério Público da União.
A categoria, segundo a ministra Miriam Belchior (Planejamento), terá um aumento de 30%, diluídos nos próximos três anos.
"O governo priorizou algumas áreas", disse a ministra, citando o reajuste dado a professores e técnicos-administrativos de universidades e institutos federais, além dos servidores do Incra.
Para a maior parte das categorias, o reajuste oferecido foi de 15,8%, até 2015. Já no caso dos professores, o reajuste varia de 25% a 40%.
Os técnicos-administrativos receberam os mesmo 15,8%, mas assinaram acordo que garante novos índices para evolução na carreira e incentivo à qualificação.
Incra
"Priorizamos o Incra porque a presidenta tem uma preocupação especial com a pobreza no campo. (...) Apesar de uma proposta diferenciada e muito boa, o Incra não aceitou [a oferta]", disse a ministra.
De acordo com o diretor da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (Cnasi), Reginaldo Aguiar, a proposta do governo resultaria em aumentos poucos significativos.
"A proposta não atende minimamente às nossas reivindicações. Com esse percentual e o escalonamento, muitos funcionários teriam um aumento de apenas R$ 200 a cada parcela", afirmou, acrescentando que 70% do órgão aderiu à mobilização, que conta com 30 superintendências pelo país. Ao todo, o Incra tem 5.500 servidores.
Os servidores, que paralisaram suas atividades há mais de 70 dias, ainda tentam negociar até o fim do dia um aumento superior ao reajuste de 15,8%.
Ao todo, o governo terá em 2013 uma despesa de R$ 10,2 bilhões com as reestruturações e aumentos no contracheque de carreiras do Legislativo, Judiciário, MPU e Executivo. Desse total, R$ 8,9 bilhões (87,2% do total) se referem aos servidores do Executivo.
Escrito por Da Redação
Publicado em 30.08.2012, 18:58:00 Editado em 27.04.2020, 20:41:03
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