Por longevidade, D'Alessandro não vê 'desonra' em ficar na reserva do Inter

MARINHO SALDANHA

PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) - Se for o caso de ser reserva, não tem problema. Esta é a opinião do capitão e ídolo do Internacional, D'Alessandro. O jogador disse em entrevista coletiva que pode tranquilamente ficar como suplente vez por outra, de olho em esticar a carreira.

"Chegaram muitos jogadores bons, que vão nos ajudar muito. De repente, ficar no banco um jogo ou outro, eu vou ser o mesmo. Se de repente fosse em outra época, sei lá... Oito ou nove anos atrás eu tinha outra cabeça, outra visão, queria jogar sempre. Mas hoje quando se está mais calejado, sabe, entende melhor as coisas. Que se faz parte de um grupo, que todos querem e estão comprometidos. Temos que entender que, de repente, ficar no banco não é desonra. Tem que ficar. O Nico está no banco. É difícil para o treinador, porque a torcida quer que joguem todos, Nico, Sasha, Pottker, Camilo, Damião. Somos seis para três vagas na frente. É difícil administrar isso. Estamos levando para que ninguém fique de cabeça baixa. Vamos precisar de todos", afirmou o capitão do Inter.

Com 36 anos, D'Alessandro é preservado de alguns jogos. Mas o número de vezes que fica de fora é muito inferior ao de participações. Mesmo experiente, é o terceiro que mais atuou na temporada com a camisa vermelha.

"Isso não me surpreende. O trabalho que venho fazendo de reforço muscular é uma sequência do que fiz no River [Plate] no ano passado. Lá, ouvi que fui reserva, que joguei pouco, mas na Argentina não são tantos jogos quanto aqui. Fui poupado algumas vezes por causa da Libertadores, e mesmo assim foram 30, 31 ou 32 jogos. Nos primeiros seis meses aqui, já passei a marca do ano passado jogando um ano lá. Se tudo ocorrer bem, jogarei o dobro. É um trabalho que comecei na Argentina e sigo aqui", completou.

Ao todo, D'Alessandro disputou 37 jogos e marcou cinco gols nesta temporada. O Inter volta a campo no sábado para enfrentar o ABC-RN fora de casa.