SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Procuradoria-Geral da República pediu nesta segunda-feira (24) a transferência para o Brasil do procedimento penal instaurado na Espanha contra Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
O objetivo do órgão é ter acesso aos detalhes e provas da investigação espanhola para viabilizar uma investigação ao cartola no Brasil.
Quando a documentação for recebida pela Secretaria de Cooperação Internacional da PGR, ela será encaminhada para o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, que irá analisar o caso e poderá abrir investigação contra o ex-dirigente.
A juíza Carmem Lamela expediu uma ordem internacional de busca e captura de Teixeira, 70, que vive no Rio de Janeiro.
A decisão foi assinada no dia 12 de junho pela magistrada e não foi cumprida até agora. Por ser brasileiro nato, Teixeira não pode ser extraditado.
Há pelo menos duas investigações em curso no Rio de Janeiro e esta também será encaminhada ao Estado.
Uma possível investigação poderia levar o cartola brasileiro a ser denunciado, processado e condenado em território brasileiro.
Como o Brasil não extraditará Teixeira, entende-se que a Procuradoria tem o compromisso internacional de transferir o processo para o Brasil.
O cartola brasileiro é acusado de lavar milhões de euros junto com Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona. O dirigente catalão está preso há cerca de dois meses na Espanha. Já Teixeira permanece livre no Brasil.
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