SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Niki Lauda reprovou a decisão da FIA (Federação Internacional do Automóvel) em adotar o halo para a próxima temporada. O tricampeão mundial declarou que o uso do protetor no cockpit será um passo para trás nos planos de popularização da Fórmula 1. O Halo destrói o DNA de um carro de F1. A FIA fez o possível para dar segurança à F1. Também foi praticamente eliminado o risco da roda voar, porque as rodas estão sempre firmemente presas. O risco para os pilotos se tornou mínimo, disse Lauda para a "Auto Motor und Sport".
O ex-piloto salientou a estratégia da Fórmula 1 em conquistar novos públicos. Para isso, os carros ficaram mais velozes, sem afetar a segurança. Nós estamos tentando de forma árdua para conseguir carros mais rápidos, atraindo novos espectadores ao esporte. Mas isso agora é destruído por uma reação exagerada.
SEGURANÇA
A Fórmula 1 irá adotar o halo, sistema de proteção para o crânio dos pilotos, a partir da temporada 2018. A informação foi divulgada pela própria categoria, após reunião do chamado Grupo de Estratégia da categoria nesta quarta-feira (19).
A novidade chegou a ser testada por diversas equipes nos últimos meses, dividindo opiniões. Alternativas como o 'shield' (uma tela de acrílico diante do cockpit) também chegaram a ser analisadas.
A mudança foi divulgada em comunicado pela FIA em comunicado publicado no site da F-1.
A entidade máxima do automobilismo mundial ainda anunciou apoio unânime das equipes a uma política de controle de custos. Uma força-tarefa, formada por representantes dos donos dos direitos comerciais da F-1 e das equipes terá a missão de oferecer soluções inovadoras para garantir que o esporte continua sustentável pelos próximos anos.
De quebra, a Fórmula 1 ainda anunciou a intenção de melhorar o espetáculo. Um número de medidas esportivas para a melhoria do show também foi debatido, e estudos específicos serão realizados, diz o comunicado da FIA, sem detalhar.
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