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Paraplégico após queda, atleta 'renasce' e vira destaque em Mundial londrino

PAULO ROBERTO CONDE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em 2005, André Rocha, 40, fazia uma das muitas perseguições em que se meteu como policial militar em Taubaté (a 130 km de São Paulo) quando resolveu escalar um muro, certo de que o transporia sem maiores pr

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.07.2017, 04:30:11 Editado em 14.07.2017, 04:56:35
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PAULO ROBERTO CONDE

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em 2005, André Rocha, 40, fazia uma das muitas perseguições em que se meteu como policial militar em Taubaté (a 130 km de São Paulo) quando resolveu escalar um muro, certo de que o transporia sem maiores problemas.

O equívoco no cálculo da aterrissagem custou a fuga do suspeito de furto e mais. Ao tentar se erguer, Rocha percebeu que lhe faltava força. Em um átimo, a informação atingiu o cérebro e uma dor lancinante varreu seu corpo.

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O impacto foi tamanho que houve uma compressão entre a medula, o osso e a coluna cervical. A lesão forçou a realização de três cirurgias em um período de 14 dias.

Como sequela, a perda de movimentos nas pernas acabou por confiná-lo a uma cadeira de rodas. Rapidamente sua autoestima despencou.

"Entrei em uma depressão profunda e não via maneira de me reerguer", contou.

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A dor nunca arrefeceu. Por três anos, tomou morfina, primeiro de a cada quatro horas e depois, a cada 12. Também colocou um marca-passo para aliviar a sua situação.

"Eu tinha e tenho dor 24 horas por dia", afirmou.

Em meio a tal aflição, Rocha será um dos destaques da delegação brasileira que disputa a partir desta sexta (14) o Mundial de atletismo paraolímpico, em Londres, e se estende até o próximo dia 23. O Brasil terá 25 representantes.

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O palco da competição será o estádio Olímpico dos Jogos de Londres-2012, mas para ele tudo será novidade.

Rocha, que disputa seu primeiro Mundial, bateu duas vezes o recorde mundial do lançamento do disco da classe F52 recentemente, a última delas no mês passado -com uma marca de 23,24 m.

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A pretensão é ratificar a condição de favorito na prova, a única que disputará na capital britânica. "Se eu encaixar o meu melhor lançamento, é possível trazer a medalha de ouro", afirmou ele, hoje policial reformado.

Em Londres, Rocha quer o pódio não somente para computar um metal no peito, mas para "pagar uma dívida".

Segundo ele, coube à prática esportiva o fim da depressão. O jogador de basquete de final de semana descobriu o atletismo paraolímpico em um projeto do município de sua cidade natal há quatro anos, cujas ambições miram medalhas paraolímpicas.

"Não sei como consegui dar essa virada em minha vida. Realmente, vivia descrente, com muitas complicações, dores, sofrimento e limitações", comentou Rocha, que é casado e pai de três filhos.

"O acidente serviu para abrir os olhos. Ver que não se pode desistir", disse.

TV: Mundial paraolímpico, 15h30, SporTV 3

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