NAPOLEÃO DE ALMEIDA
CURITIBA, PR (UOL/FOLHAPRESS) - A polêmica segue. Em nota oficial, o Atlético-PR informou que possui um contrato com o Coritiba quanto ao uso do Estádio Couto Pereira, denominado "cessão recíproca de seus estádios", e que, nas palavras da nota, "não tem nenhum 'plano b'". Desta forma, o clube oficiou à Conmebol o Couto Pereira como o local da partida contra o Santos pelas oitavas de final da Copa Libertadores, na quarta-feira dia 5 de julho, às 19h30. O Coritiba confirma a existência desse contrato.
Logo pela manhã a realização do jogo no Couto Pereira foi confirmada à reportagem por uma fonte ligada às partes mas, com a reação negativa de torcedores do Coritiba, a diretoria voltou atrás e decidiu desfazer o acordo citado nessa matéria, externando seus motivos em nota oficial.
O contrato foi assinado em 2015 por Rogério Portugal Bacellar, presidente do Coritiba, Fernando Mendes Cabral, então executivo do Coxa, Mario Celso Petraglia, presidente do conselho deliberativo do Atlético, e Mauro Moreira Alves, funcionário atleticano. No contrato há a afirmação de que "o Coritiba concorda em ceder o Estádio Coritiba ao Atlético na partida contra o Grêmio, assim como em outras partidas em que possa haver a necessidade do CAP, observando, para tanto, a reciprocidade em favor do CFC, sempre que tais cessões não conflitem com as partidas e eventos em ambos os estádios".
Em nota, o Atlético afirma que "Acreditando no cumprimento do contrato assinado por parte do Coritiba, o Atlético comprometeu-se em receber os jogos das finais da Liga Mundial de Vôlei masculino. Havia o risco de conflito de agenda entre o Mundial de vôlei e algum jogo da Conmebol Libertadores Bridgestone o que de fato depois se verificou. O risco de conflitos de agenda, importante insistir, estava assegurado com o contrato previamente firmado com o Coritiba" e indicou apenas o Couto Pereira como estádio para a partida contra o Santos, anexando o contrato no pedido.
O Coritiba alega que alguns requisitos previstos em contrato e que deveriam ser cumpridos estão indisponíveis, como a qualidade do gramado, que já está em reforma. A reforma ficará pronta até 2 de julho, quando o clube receberá o Vasco pelo Brasileirão. O Coxa alega ter relatórios de engenharia que indicam que o gramado modificado não suportaria uma nova partida três dias depois, o que inviabilizaria o empréstimo, amparado nesse item do contrato, mantendo a posição publicada mais cedo.
O contrato ainda prevê que a rescisão do acordo "poderá ser feita em comum acordo pelas partes ou em razão de inadimplência parcial ou total de qualquer obrigação", após notificação com prazo mínimo de 5 dias úteis de antecedência, com previsão de indenização para a parte eventualmente prejudicada. Os clubes não descartam discutir o contrato na Justiça nos próximos dias.
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